A Psicoterapeuta, especialista em Neuropsicologia e Dra em Educação “Luciane Sperafico” explica um pouco mais sobre como entender o (TOD) Transtorno Opositivo Desafiador. É muito comum, principalmente quando a criança é pequena, confundir birra com sintomas de TOD.
Mas a birra infantil é uma manifestação comum que ocorre quando a criança não sabe argumentar ou lidar com determinada situação. Assim, acaba tomando atitudes imaturas, que vão diminuindo conforme os pais deixam de dar atenção ao “teatro” que a criança faz.
A diferenciação entre Transtorno Opositivo Desafiador e falta de educação gera muitas discussões no ambiente acadêmico e clínico. Isso porque em ambas as situações, há uma dificuldade da criança em respeitar ordens de adultos e facilidade em perder o controle.
O comportamento de oposição é uma parte normal do desenvolvimento de crianças de dois a três anos e no início da adolescência. No entanto, o comportamento abertamente não cooperativo e hostil torna-se uma preocupação séria quando é tão frequente e consistente que se destaca quando comparado com outras crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento e quando afeta a vida social, familiar e acadêmica da criança.
Algumas dessas crianças podem apresentar o Transtorno Oposição Desafiante (DSM V) /Transtorno desafiador opositivo (CID11).
De acordo com DSM V, varia de 1 a 11%, com uma prevalência média estimada de 3,3%. A taxa do transtorno pode variar de acordo com a idade e o gênero da criança. Nesses casos há um padrão contínuo de comportamento não cooperativo, desafiador e hostil em relação a figuras de autoridade que interfere seriamente no funcionamento diário da criança. Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses.
A perturbação no comportamento está associada a sofrimento para o indivíduo ou para os outros em seu contexto social imediato (p. ex., família, grupo de pares, colegas de trabalho) ou causa impactos negativos no funcionamento social, educacional, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Todavia, nos casos mais graves, os sintomas do transtorno estão presentes em múltiplos ambientes. Levando-se em conta que a difusão dos sintomas é um indicador da gravidade do transtorno, é extremamente importante avaliar o comportamento do indivíduo em vários ambientes e relacionamentos.
As manifestações do transtorno parecem ser consistentes ao longo do desenvolvimento.
As taxas do transtorno de oposição desafiante são muito mais altas em amostras de crianças, adolescentes e adultos com TDAH, sendo que isso pode ser o resultado de fatores de risco temperamentais compartilhados.
Além disso, o transtorno de oposição desafiante com frequência precede o transtorno da conduta, embora isso pareça ser mais comum em crianças com o subtipo com início na infância. Indivíduos com transtorno de oposição desafiante também têm risco aumentado de transtornos de ansiedade e transtorno depressivo maior, e isso parece ser, em grande medida, atribuível à presença de sintomas de humor raivoso/irritável.
Adolescentes e adultos com o transtorno de oposição desafiante também apresentam taxas mais altas de transtornos por uso de substâncias, embora não esteja claro se essa associação é independente da comorbidade com transtorno da conduta.
Os problemas de comportamento constituem, juntamente com as dificuldades escolares, o impacto mais negativo do TOD. É por, portanto, difícil determinar se os problemas de conduta representam um transtorno comórbido. Independentemente da identificação do TOD, a maioria dessas crianças apresentam problemas de comportamento com seus pares (colegas, amigos...) ou com figuras de autoridade (pais, professores, monitores...). Muitos desses problemas decorrem da dificuldade que a criança com TOD na gestão ou controle de suas emoções e sua atividade.
Avaliação e Tratamento
Na observação do perfil clínico, é importante entender como o indivíduo pensa e como é o seu comportamento em casa, na escola e com as pessoas em geral.
Também é essencial observar que tipo de prejuízo (social, afetivo, de aprendizagem, no trabalho, entre outros) esse comportamento acaba causando.
Por outro lado, o TOD é uma manifestação que tende a persistir ao longo da infância e da adolescência que necessita de uma avaliação psicodiagnóstica e intervenção especializada e multidisciplinar.
As escalas de avaliação são muito importantes porque nos dão uma noção mais estruturada do que precisamos investigar, observando e organizando os sintomas com parâmetros que permitem realizar esta avaliação de maneira mais objetiva.
O trabalho envolve também a Psicoeducação, sobre os aspectos comportamentais. A Neuroeducação como estratégia baseada no funcionamento do cérebro, na (intervenção com a psicoterapia), deve ser estruturada considerando um crescente de complexidade, como degraus de escada além de orientações pontuais aos pais.
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“Sobre a Profissional- Dra. LUCIANE SPERAFICO”
*Mestre em Psicologia com ênfase em Psicoterapia
*Doutora em Educação
* Psicanalista
* Psicopedagoga
* Especialista Em Neuropsicologia
* Formação Em Habilitação e Reabilitação Neuropsicológica “Luriana” (PHNL)
* Pedagoga
* Neuropedagoga e Consultora em Aprendizagem
* Hipnoterapeuta clínica
* Especialista Em Educação Especial com ênfase em Transtornos de Aprendizagem
* Especialista Em Psicoterapia Cognitivo Comportamental
* Screener da Síndrome de Irlen
*Analista Comportamental DISC pela SLAC
* Coach de Carreira & Orientação Vocacional
*Facilitadora da metodologia LEGO SERIOUS PLAY e POINTS OF YOU
*Tutora Cogmed- Treinamento de Memória Operacional
*Formação em Psicologia Positiva
*Formação Master de Positive Educator, Trainer & Speaker- POETS
*Formação em Terapia do Esquema com adolescentes e adultos
*Atualização em Mindfulness
*Atualização em ACT Trainer
*Estágio Clínico em Avaliação e Intervenção nos Transtornos de Aprendizagem (QUALCONSOANTE- Lisboa Portugal)