Com o objetivo de ampliar o acesso de estudantes sul-mato-grossenses à Educação Superior e também de estimular a formação de profissionais que permaneçam no Estado depois de se graduarem, a AL/MS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) está tramitando um Projeto de Lei que reserva vagas dos cursos de graduação para moradores do Estado.
Apresentado no dia 28 de novembro, pelo presidente da ALMS, Paulo Corrêa, o Projeto de Lei nº 311/2019 prevê a reserva de 20% das vagas de todos os cursos de graduação da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), a candidatos que comprovem residência em municípios de Mato Grosso do Sul por, no mínimo, 10 anos ininterruptos.
De acordo com o Reitor da UEMS, Prof. Laércio Alves de Carvalho, o projeto permitirá um preenchimento mais ágil e eficiente das vagas no início do ano letivo. Ele explica que atualmente muitas pessoas de outras regiões do Brasil se candidatam a uma vaga na UEMS, mas boa parte delas não efetiva a matrícula. Essa demanda vem sendo verificada ao longo dos anos, principalmente na edição do Governo Presente, em que a UEMS participou com o Governo do Estado. “Quando isso ocorre, a Universidade inicia as aulas e vai chamando os candidatos da Lista de Espera até que não haja mais vagas disponíveis e, na maioria dos casos, os candidatos que acabam ocupando efetivamente as vagas são os que já residiam no Estado”, diz o reitor. Atualmente, os estudantes de MS já são maioria na ocupação das vagas. Vale ressaltar que a implantação e regulamentação interna de alguns pontos, será realizada posteriormente pelo conselho competente.
Uma das dificuldades do atual modelo de ingresso, segundo Laércio, é que os alunos que entram pelas chamadas posteriores da Lista de Espera acabam tendo dificuldade de acompanhar as aulas. Isso gera um desafio tanto para os estudantes quanto para docentes que precisam oferecer aos que ingressaram tardiamente, condições de acompanhar o restante a turma. “Ao estimular que essas vagas sejam preenchidas mais rapidamente, nós melhoramos também a qualidade na formação dos nossos acadêmicos e ampliamos a nossa atuação no interior do Estado”, completa o Prof. Laércio.
Segundo o deputado Paulo Corrêa, atualmente, muitos acadêmicos migram para Mato Grosso do Sul, com o objetivo de conquistar seus diplomas e depois retornam para os locais de origem ou se mudam para outras regiões do país. A aprovação desse projeto de lei é de interesse público, uma vez que vai possibilitar o aumento do ingresso de cidadãos sul-mato-grossenses na UEMS”, destacou o presidente da ALMS.
Ainda de acordo com a proposta, a reserva de vagas se aplicará nos casos de ingresso de acadêmicos por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), do Processo Seletivo UEMS (PSU) e também para Transferência Externa. O Reitor da UEMS destacou, ainda, que a Universidade já estuda novas formas de ingresso nos cursos de graduação para os próximos anos.
A UEMS está presente em 22 municípios de Mato Grosso do Sul. A Universidade possui 15 unidades e sete polos de Ensino a Distância. Hoje são oferecidos 57 cursos de graduação presencial, três na modalidade EaD e 22 cursos de Pós-Graduação entre especializações, mestrados e doutorados.