Familiares de presos que foram recapturados em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, denunciaram tortura realizada por agentes penitenciários. No entanto, em uma visita, o juíz da região afirmou que não encontrou vestígio de tortura. O caso é referente a fuga de 75 membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) por um túnel escavado, ocorrida no último domingo, dia 19 de janeiro.
A suposta tortura foi denunciada na delegacia de Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero. As famílias pedem a presença da Comissão de Direitos Humanos na unidade. De acordo com os familiares, os presos que estão sendo recapturados, ao serem entregues ao sistema prisional estariam sendo submetidos a violência e tortura.
A situação, conforme a denúncia desta quarta-feira (22), seria de conhecimento do diretor nomeado pelo governo paraguaio, Teófilo Baez Zacarias. As famílias ainda dizem que o diretor estaria proibindo que os recapturados tenham acesso a assistência medica e a receber visita.
Fuga
Por volta das 5 horas da madrugada deste domingo (19), 75 detentos teriam fugido através de um túnel escavado de dentro da unidade até o lado de fora. Mais de 70 metros escavados, mais de 200 sacos de areia deixados em uma das celas da penitenciária e o fator mais questionado foi se nenhum agente penitenciário viu a fuga ou mesmo a escavação ou sequer suspeitou.
A polícia do Paraguai em conjunto com a polícia de Mato Grosso do Sul fazem uma ação para recapturar os fugitivos. Já foram recapturados: Del Rosario Gómez Armoa, Derlis Marqués González, Sabio Darío González Figueredo, Eduardo Alves Da Cruz, Ronal Francisco Brítez López, Orlando Manuel Torres Verón, José Enrique Ullón Duarte.