Um brasileiro foi preso nesse domingo, dia 02 de novembro, suspeito de envolvimento no assalto a uma agência bancária do Itaú na cidade de Katueté, no Departamento de Canindeyú, a 70 quilômetros de Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul. O mandado de prisão foi cumprido por policiais de Coronel Sapucaia.
Conforme as informações apuradas pelo site Midiamax, a polícia brasileira apenas cumpriu o mandado que já estava aberto. O brasileiro estava no meio dos aproximadamente 20 homens armados e com roupas camufladas que invadiram a agência.
Eles utilizaram explosivos de alta potência e equipamentos de tecnologia avançada para furtar mais de 900 mil dólares. Os primeiros indícios apontam que o grupo seria formado por paraguaios e brasileiros. Uma testemunha apontou que o líder do bando falava português, reforçando a suspeita de envolvimento de criminosos de fronteira.
Uso de drone
Segundo Cleider Velázquez, procuradora encarregada de investigar o caso, os criminosos também teriam usado um drone para monitorar a área e ter controle total dos movimentos nos arredores.
“Os ladrões entraram com bombas e destruíram toda a estrutura do banco, esvaziando o cofre, mas não os caixas. Estamos aguardando a gerente, que foi conferir o último balanço que fez, para verificar o valor final”, comentou a promotora Velázquez, em contato com a rádio 730 AM.
Além do drone, os criminosos teriam utilizado pistolas de calibre 5.56 e dinamites em gel. A força da explosão destruiu parte do prédio e também danificou caixas eletrônicos.
Durante a fuga, os assaltantes abandonaram uma caminhonete Toyota Hilux, que havia sido roubada semanas antes, em Yatytay, no departamento de Itapúa. No veículo, as autoridades encontraram explosivos de uso militar, semelhantes ao C4, utilizado em operações de guerra.
Explosivos de fabricação brasileira
A Dimabel (Direção de Material de Guerra) do Paraguai intensificou os esforços para rastrear os explosivos do tipo ‘banana’ utilizados no ousado assalto. O General Servín, chefe militar, revelou que os materiais explosivos são de fabricação brasileira e foram importados legalmente para o Paraguai em maio deste ano, sendo destinados ao uso em pedreiras.
Servín confirmou à rádio Monumental 1080 AM que 15 empresas adquiriram esses materiais. A Dimabel está concentrando a verificação nessas companhias, especialmente aquelas localizadas nas proximidades da área do crime.
Os explosivos industriais são restritos a atividades de mineração, e seu manuseio é permitido apenas a especialistas treinados pela Dimabel. Atualmente, a instituição conta com 185 pessoas ativas certificadas.
O General explicou que um especialista certificado só pode trabalhar para a empresa à qual está afiliado, não podendo atuar para múltiplas companhias. A investigação não descarta a possibilidade de que um perito autorizado tenha desviado parte do lote para o mercado negro.
O militar detalhou que o método utilizado para abrir o cofre foi sofisticado, envolvendo a fabricação de uma cápsula metálica. “Eles realmente entendiam muito bem disso. Usaram cerca de 15 cargas”, observou o diretor, pontuando que, mesmo assim, houve falhas por parte dos assaltantes.
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