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LÉO VERAS

Suspeito nega execução de jornalista e teme queima de arquivo

27 fevereiro 2020 - 21h35Por Da Redação/Midiamax

Durante entrevista por telefone à rádio paraguaia 103.1 FM Imperio, Waldemar Pereira Rivas, o Cachorrão, principal suspeito da execução do jornalista brasileiro Léo Veras, morto na fronteira, nega envolvimento no crime. Ele afirma que não confia na justiça, teme ser alvo de queima de arquivo e garante que vai fugir até que o caso seja esclarecido.

Cachorrão aproveitou a ocasião para rebater alegações do comissário Gilberto Fleitas, chefe do Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional do Paraguai, que em entrevista, dada a outra emissora na segunda-feira, dia 24 de fevereiro, o acusou de ter supostamente cometido o assassinato. Fleitas afirmou, inclusive, que umas das nove pessoas presas pelo crime é Cintya Raquel Pereira Leite, irmã de Cachorrão.

“Ele [Léo Veras] é meu amigo. Passo todos os dias na frente da casa dele e a esposa dele sabe. Pegaram minha irmã pelada e levaram igual uma leitoa na camionete. Levaram para Assunção. Moro a sete quadras da casa do Léo. A polícia está me perseguindo à toa. Quero que façam uma investigação boa, e quero provas, porque tenho medo de virar queima de arquivo”, disse o suspeito.

Conforme já noticiado, Fleitas, em seu relato, confirmou que as armas usadas na execução coincidem com as utilizadas em outros crimes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região e que os “chefões” do crime organizado na fronteira se passam por poderosos “empresários” para “terceirizar” a contratação de pistoleiros. Ele acrescenta que nove suspeitos presos no sábado (22) teriam sido contratados para cometer o crime contra Léo Veras.

Para o comissário, o que leva a polícia a essas conclusões foi a apreensão do veículo que supostamente teria sido usado na execução, ou seja, um Jeep Renegade de cor branca. Os criminosos apontados como mandantes seriam integrantes da estrutura criminosa liderada pelos narcotraficantes Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Minotauro, e Ederson Salinas Benítez, o Ryguasu, ambos já presos no Brasil, e Márcio Sánchez, o Aguacate.

A polícia acredita que Cachorrão teria executado o jornalista. A irmã  seria a pessoa que dirigia o Jeep no momento do crime. De acordo com o comissário, Cachorrão é proprietário de uma série de imóveis na fronteira onde são deixados veículos roubados no Brasil, e costuma realizar serviços de pistolagem para o PCC.

“Os chefões da facção criminosa se passam por empresários e vivem em mansões luxuosas ou hotéis. Esses homens terceirizam os pistoleiros e agora temos de entender como funciona essa estrutura”, declarou Fleitas.

Por outro lado, Cachorrão reforça à Imperio que está sendo perseguido e acredita que, caso seja preso, possa ser morto. “ Estão atrás de mim o tempo todo e podem me matar. Em PJC [Pedro Juan Caballero, onde ocorreu o crime] você sabe como é. Pode ser o PCC [Primeiro Comando da Capital] que me mate, ou na cadeia, se ficar preso. Estou vendo com advogados, mas não me entrego. Não sou do PCC e eles mesmos sabem. Não tenho nada a ver com Minotauro, nem ninguém. Sou paraguaio. Vou ficar escondido”, afirma. Não confio na justiça, se me entrego, acaba tudo”. 

Ao final da entrevista, o suspeito voltou a negar envolvimento. “Se a esposa do Léo escutar, peço que ela fale com a polícia. Eles sabem de tudo e só querem me pôr a culpa. Que olhem as câmeras. Seu fui eu que desci do carro, eu mesmo me entrego mesmo que o crime não seja meu. Minha família toda está sob custódia. Nunca vi homicídio ser resolvido aqui. Só um ano passado foi resolvido, mas a polícia sabe quem é. Me declaro inocente, e se provarem, me entrego”.

A execução

Ao menos quatro pessoas teriam participado do homicídio. Leo estava em casa, jantando com a família em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, quando o grupo invadiu o local, na noite do último dia (12). Um dos autores ficou no veículo modelo Jeep usado no transporte, e outros três realizaram o ataque. Logo ao levar os primeiros tiros, Léo correu para os fundos da residência, uma área escura, na tentativa de se proteger, mas foi perseguido.

Lá, os criminosos os terminaram de matá-lo com o total de 12 disparos. Em seguida o amordaçaram. Vídeos do local do crime divulgados logo após o assassinato mostram um pano branco, ensanguentado, que foi usado para tapar a boca do jornalista. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) acompanha o caso e divulgou nota oficial afirmando que não aceitará que o crime fique impune.

Com informações do site Midiamax.

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