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Quatro índios queimados em ataque a bomba estão em estado grave

06 junho 2011 - 14h26

Na madrugada de sábado (04), um ônibus que transportava 30 alunos indígenas da etnia terena foi atacado com pedras e uma bomba caseira - um coquetel molotov. Seis pessoas, incluindo o motorista, sofreram queimaduras. Cinco delas estão internadas na Santa Casa de Campo Grande (MS) e, destas, quatro estão em estado grave. O caso aconteceu no município de Miranda, a 200 quilômetros de Campo Grande.

Os passageiros vivem em várias aldeias espalhadas pela região. O ônibus fazia o trajeto todos os dias e, no momento em que foi atacado, voltava da aula, em direção às aldeias. A bomba atingiu a frente do ônibus. O que está em pior estado é o motorista, Laércio Corrêa, de 27 anos, que sofreu queimaduras na maior parte do corpo, incluindo a cabeça.

A motivação do ataque ainda é desconhecida. Inicialmente, a suspeita era de que a violência tivesse sido praticada por um grupo de índios, em razão de desavenças entre aldeias situadas no município.

O delegado Tiago Macedo, que investiga o caso, adiantou ainda que não existem elementos suficientes para comprovar essa possibilidade, mas que ela não está descartada. Segundo o delegado, há um histórico de conflitos entre aldeias rivais na região. Ele começou a ouvir testemunhas na manhã desta segunda-feira (06).

O cacique Adilson Terena afirmou que não acredita que o ataque tenha sido praticado por índios, pelo fato de o ônibus transportar estudantes das duas aldeias supostamente rivais – Babaçu e Argola. Adilson disse que foi encontrado um chapéu na mata próxima de onde o ônibus foi atacado, e que ele não pertence a nenhum índio.

O dono do chapéu teria sido visto correndo para o matagal logo depois do ataque ao ônibus. De acordo com o cacique, a possibilidade mais plausível é de que o ataque tenha sido feito por pessoas a mando de fazendeiros - que disputam terras com os índios.

Em março deste ano, os Terena ocuparam duas fazendas em Miranda, uma delas a fazenda Petrópolis, do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian. A Justiça mandou a polícia tirar os índios de lá. Estima-se que seis mil índios Terena vivam em Miranda.

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