Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira (15/4) em Campo Grande, contra organização criminosa responsável por promover ações de extremismo, automutilação, aliciamento e incitação à violência entre adolescentes através da internet em todo o país.
Os trabalhos, realizados em sete unidades da federação, ocorrem em apoio a Operação Adolescência Segura, coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ).
No Estado, a ação foi desenvolvida pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).
Foram cumpridos nesta manhã 20 mandados de busca e apreensão, com o registro de duas prisões temporárias de adultos e sete internações provisórias de adolescentes.
Além de MS, as ações acontecem em Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo atuava em plataformas criptografadas como Discord e Telegram, além de redes sociais.
Eles utilizavam esses meios para “atrair jovens vulneráveis e incentivá-los à prática de automutilação, maus-tratos a animais, propagação de discursos de ódio e sugestões de atos violentos”, diz nota encaminhada à imprensa.
Ainda conforme as investigações, participantes mais ativos recebiam ‘recompensas simbólicas’ como estímulo aos atos ilícitos.
Os investigados poderão responder por associação criminosa, indução ou instigação à automutilação, maus-tratos a animais e outros crimes, cujas penas somadas ultrapassam 10 anos de prisão.
Prevenção
A operação contou com a coordenação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública (DIOPI/SENASP/MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB.
Em Mato Grosso do Sul, o DRACCO executou as medidas judiciais com o suporte técnico do Núcleo de Computação Forense do Instituto de Criminalística, responsável pela apreensão e início da análise de provas digitais.
O Diretor da DIOPI/SENASP/MJSP, Rodney da Silva, afirmou que o objetivo da operação é desarticular a rede que cooptava jovens para as práticas criminosas.
“Esta operação é fruto de um trabalho integrado. Atuamos de forma cirúrgica para desarticular uma rede que cooptava jovens para práticas criminosas no ambiente virtual. Nosso objetivo principal é proteger adolescentes e a sociedade de ações que se iniciam no mundo digital, mas que geram graves reflexos no mundo real”, disse.
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