Justiça vai ouvir neste mês um casal acusado pelo estupro seguido de tentativa de aborto, contra uma adolescente de 12 anos. O caso ocorreu no Distrito de Cipolândia, em Aquidauana, cidade localizada na região do Pantanal. Em 2019, a vítima foi abusada diversas vezes pelo tio e a engravidou. Ao descobrir o crime, a esposa do suspeito ainda tentou interromper a gestação da sobrinha com remédios caseiros.
Segundo a denúncia, a menina perdeu a mãe aos 9 anos e, por isso, foi morar com os avós na Aldeia Limão Verde. Morou pouco tempo no município e se mudou para Bauru, no interior de São Paulo. Cerca de três anos depois, no entanto, voltou para Aquidauana e passou a viver com a família de uma das tias maternas.
De acordo com o site Campo Grande News, nesta época, a menina tinha 12 anos e começou a ser violentada pelo marido da tia. O homem de 39 anos aproveitava os momentos que a mulher saía de casa para estuprar a sobrinha. O medo fez com que a vítima permanecesse em silêncio até notar que sua menstruação estava atrasada. Decidiu então revelar para a avó sobre o crime.
Juntas, avó e neta procuraram a mulher do autor, contaram a série de abusos e a possibilidade da gravidez. A tia da menina, no entanto, não acreditou. Chegou a falar que a adolescente consentiu com a relação sexual e que a perdoaria.
Para ficar longe do abusador, a menina voltou a morar com a avó na aldeia e também seguiu com a gravidez. Conforme a gestação evoluía, a tia passou a fazer visitas semanais e sempre lhe dava um remédio de mato chamado “fedegoso” para provocar aborto. Em uma das ocasiões, a menina passou mal e foi levada para atendimento médico.
Durante o atendimento, a gravidez foi confirmada e o caso denunciado a polícia. A Justiça decretou medidas protetivas de urgência e a adolescente teve o bebê longe da família do agressor. No entanto, após o nascimento, o suspeito e a mulher voltaram a visitar a vítima e começaram a fazer ameaças para que ela retirasse as queixas.
Afirmavam que caso ela não retirasse as medidas protetivas, tomariam a bebê e toda a família ficaria contra ela. Por conta da coação, os dois tiveram a prisão preventiva decretada. Agora, o caso será analisado pela Justiça, que fará a audiência de interrogatório no dia 20 deste mês.
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