Investigação iniciada após apreensão em Dourados tem novo alvo, agora contra o tráfico de armas

Operação contra o tráfico de armas é originária de outra ação que investigava o contrabando de agrotóxicos - Crédito: Divulgação/PF

Operação Almacén de Armas, desencadeada pela Polícia Federal, cumpriu mandados de busca e apreensão no interior do Paraná nesta sexta-feira (27/9).

A ação busca desarticular esquema criminoso responsável pelo tráfico internacional de armas e é continuação das investigações resultantes da Operação Agropoison, desencadeada em junho deste ano e originária de apreensões em Dourados, no ano de 2021.

De acordo com a PF, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Palotina (PR) por determinação da Justiça Federal de Umuarama (PR).

Na primeira fase da Almacén de Armas, deflagrada no início de agosto no Paraná, foram realizadas prisões preventivas e cumprimento de mandados de busca e apreensão. Além disso, foi apreendido um fuzil.

Os investigados poderão responder crimes de associação criminosa armada; tráfico internacional de arma de fogo; comércio ilegal de arma de fogo, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito.

Agropoison

Como mostrado anteriormente pelo Dourados News, a Operação Agropoison – ação que antecedeu as duas fases da nova operação da PF – foi deflagrada em três cidades do Rio Grande do Sul e do Paraná no dia 21 de junho.

A intenção era desarticular quadrilha especializada na aquisição e logística para o transporte de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.

Porém, ao longo da ação houve uma prisão em flagrante por fabricação e alteração de armas de fogo e munições de um dos indivíduos sobre o qual recaia mandado de prisão temporária.

Na época, os mandados foram cumpridos nas cidades de Palotina (PR), Toledo (PR) e Porto Alegre (RS).

A investigação dessa operação começou a partir de um flagrante de contrabando de agrotóxicos ocorrido no dia 3 de julho de 2021, em Dourados.

“As investigações evidenciaram a existência de uma Organização Criminosa bastante estruturada, que se utiliza de pessoas jurídicas criadas exclusivamente para o crime, “laranjas”, cooptação de pessoas para o transporte e ocultação de cargas lícitas”, disse a PF em nota encaminhada à imprensa.