Durante reunião que teve com a diretoria da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), nesta manhã, na sede da entidade, o governador Zeca do PT reiterou sua posição de só acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Índia caso seja revogado decreto de 1964 que proíbe a importação de sêmen bovino daquele país. A viagem será de 24 a 30 de janeiro e o governador foi convidado especialmente pelo presidente para acompanhá-lo, tendo em vista os interesses comerciais do Estado com a Índia, potencial importadora de produtos agrícolas do Brasil."Não quero viajar a toa; só vou se o decreto for revogado. É inconcebível que uma medida como essa continue em vigor por quase quatro décadas", observou Zeca. A importação de material genético bovino da Índia possibilitará a melhoria da qualidade do rebanho nacional, argumentou.O presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, disse que o governador "marcou um gol de placa" em favor da pecuária ao "levantar essa bola". O decreto foi sancionado pelo então presidente Castelo Branco, no início da ditadura militar, e fazia parte de um conjunto de medidas protecionistas que ao longo do período foram sendo revogadas.Zeca afirmou que já está na Casa Civil redação de matéria revogando o decreto, que possivelmente seja assinada ainda hoje pelo presidente. O presidente da CNA disse não entender por que essa medida persiste, chegando a suspeitar de "forças ocultas" que estariam agindo para manter a proibição.