Controvertida figura do cenário político paraguaio, o vice rebelde do presidente Fernando Lugo, Federico Franco, falou sobre as ameaças de abertura de um processo de impeachment contra o companheiro de chapa e sua preparação para, se necessário, assumir o poder.
Pressionado pelos jornalistas presentes, em entrevista coletiva concedida na última quarta-feira (09), em Asunción, Franco, primeiramente, alertou os integrantes da bancada governista no Congresso sobre eventuais tentativas do Partido Colorado em captar votos para a hipótese do impeachment.
Consultado sobre sua opinião a respeito, Franco apontou que “simplesmente creio que minha intenção e desejo, como qualquer paraguaio, é que este governo e qualquer outro governo termine bem, mas se as condições não estão dadas, é preciso fazer aquilo que estabelece a Constituição”.
“O vice-presidente, aqui e em qualquer parte do mundo, é a única pessoa que está absolutamente em condições plenas e sem trâmites de assumir imediatamente a primeira magistratura”, complementou. “Não tenho porque renunciar, cumpro com meu trabalho e sou um cidadão respeitoso às leis”.
Franco aproveitou a presença da mídia, ainda, para negar que sua ala do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) esteja “negociando cargos” em troca de apoio ao entorno luguista. A entrevista terminou com uma nova alfinetada ao ex-bispo católico.
Questionado sobre as declarações do bispo de Caacupé, Claudio Giménez, pedindo que “quem ocupa cargo eletivo deve dar exemplo e reconhecer seus filhos”, Franco disse concordar e, mais do que isso, acreditar que “é de bem nascidos reconhecer e aceitar os filhos”.
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