O deputado estadual Paulo Corrêa (PL) afirmou que retira o projeto de instalação de usinas e destilarias de álcool no Pantanal, se for comprovado cientificamente os riscos ambientais dos locais previstos. “Se alguém me comprovar que a instalação de uma usina, por exemplo em Bandeirantes, vai afetar o Pantanal, retiramos o projeto”, disse Corrêa.
Corrêa também afirmou, durante a entrevista, que dados técnicos, inclusive da Sema (Secretaria de Meio Ambiente) dão conta de que não há riscos de contaminação dos rios do Pantanal.
Ainda segundo o deputado, a polêmica é devido a um mito de que as usinas serão instaladas dentro do Pantanal. “O projeto prevê a instalação em serras, e não dentro do Pantanal”, defende.
Nesta quinta-feira, será realizada uma audiência pública que vai discutir a implantação das usinas em Mato Grosso do Sul. O Fórum de Defesa do Pantanal já se manifestou contra o projeto, que regulamenta a instalação de usinas na bacia do Rio Paraguai.
De acordo com Corrêa, as usinas não seriam construídas próximos aos afluentes do Rio Paraguai, e sim próximos aos sub-afluentes, que ficam nas serras. “Temos várias empresas que querem investir aqui. Não podemos dispensar cerca de 27 mil novos empregos”, concluiu.
O empresário Astúrio Ferreira dos Santos, presidente do Fórum de Defesa do Pantanal, garante que se o projeto for aprovado, será o caos para a fauna e flora da região.
Ele citou o caso da usina Santa Olinda, instalada na no distrito de Quebra Côco, município de Sidrolândia, que já provocou quatro grandes vazamentos (vinhoto e água de lavagem), provocando a mortandade de milhares de peixes desde os primeiros córregos próximos à usina (Belchior e Canastrão), até o Cachoeirão e Aquidauana. O empresário disse que 19 usinas estão interessadas em se instalar no Pantanal.