A 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quinta-feira manter o bloqueio de bens do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e outras 36 pessoas físicas e jurídicas, entre elas sua mulher, quatro filhos, a nora e um genro. Maluf é investigado pelo envio de milhões de dólares ao exterior. A juíza da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Renata Coelho Okida, determinou o bloqueio de bens do ex-prefeito em outubro do ano passado. A Justiça aceitou pedido do Ministério Público, que reclama o ressarcimento de R$ 5 bilhões aos cofres públicos, supostamente desviados durante a gestão de Maluf na prefeitura (1993-96), incluindo multas. O bloqueio exclui valores mantidos em contas correntes.Em novembro, a defesa do ex-prefeito entrou com um pedido de suspensão do bloqueio de bens e hoje o TJ analisou o mérito dos argumentos dos advogados de defesa de Maluf. As investigações contra o ex-prefeito começaram em junho de 2001, quando a Promotoria teria descoberto indícios da existência de ao menos US$ 200 milhões em contas bancárias de Maluf e de seus familiares em Jersey, um paraíso fiscal no canal da Mancha.