Pelo menos 15 índios da etnia Terena da Aldeia Buriti, que fica entre o município de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, estão ocupando o prédio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Sidrolândia há quase seis dias, impendido os servidores trabalharem. Os funcionários temem virar reféns como ocorreu na semana passada, quando os servidores Nélson Ozala e Roberto Silva foram seqüestrados, assim como o coordenador-regional da Funasa, Pedro Paulo Siqueira Coutinho.Os indígenas alegam que não impedem a entrada dos funcionários, mas, segundo informações de servidores que preferiram não se identificar, ninguém está indo trabalhar. Os Terena exigem a troca de comando do pólo da Fundação em Sidrolândia e protestam contra a mudança na chefia sem o consentimento deles.Eles estão passando o dia todo dentro do prédio da Funasa e, segundo um dos líderes do movimento, Adão Fernandes Bernardo, que é ex-vereador em Sidrolândia, não pretendem sair do local até não terem as reivindicações atendidas. Funcionários da Fundação afirmaram que apenas um grupo de indígenas está no local, sendo que parte da comunidade já está até mesmo revoltada com os protestos.Na última terça-feira, dia 24, os funcionários Nelson Ozala e Roberto Silva foram seqüestrados e levados para a aldeia, sendo mantidos como refém. Os indígenas exigiram a presença do coordenador-regional que, quando chegou ao local, também acabou retido. Em protesto, os servidores da Funasa chegaram a bloquear o acesso ao prédio do órgão na cidade. A Polícia Federal investiga o caso de seqüestro e cárcere privado.