A negociação com Cristian Castillo foi totalmente conduzida pela ala amadora da administração do futebol do Flamengo. Pela primeira vez, e logo na contratação do segundo reforço para o time, a equipe de profissionais montada por Márcio Braga subverteu a norma que, de acordo com o discurso, o presidente pretendia adotar no clube. A contratação do jogador não teve o aval do técnico Abel Braga, tampouco do diretor técnico, o ex-jogador Júnior. Ele, que em tese seria o responsável pelas contratações, disse ter ficado à margem do processo e que foi apenas informado de que a negociação fora concluída. Abel, por sua vez, foi contrário à contratação de um jogador através de uma fita de vídeo. "Eu e Abel demos parecer técnico. Devíamos esperar mais, principalmente porque não podemos errar. Não temos pressa. Procurei informações e passei, mas a decisão já foi tomada, veio uma ordem de cima. Como não conduzi a coisa, fiquei à margem do processo. Foi uma indicação do vice-presidente de futebol", disse Júnior. Mas Júnior disse ter visto qualidades no jogador. Mas parece temer que o reforço não se enquadre na filosofia de comportamento traçada. "Ele tem recursos. Se conseguir se enquadrar na nossa política, pode dar certo", afirmou.