Substância não identificada causou morte de ex-médica

O Instituto de Criminalística divulgou na tarde desta segunda-feira (1º) dois laudos sobre a morte de Neide Mota Machado, ex-médica anestesista encontrada morta há dois meses em frente de uma chácara na Capital. O primeiro traz o resultado do local onde Machado foi encontrada morta e o outro foi feito no corpo da ex-médica.

De acordo com os laudos, não havia vestígios de outras pessoas no local e nada sobre violência dentro do carro em que Neide estava. Além disso, ela havia ingerido bebida alcoólica e aplicou uma injeção com três ml de cloridrato de lidocaína, um anestésico. Em seguida, aplicou outra substância que ainda está sendo investigada.

Mas os peritos estão convencidos que foi essa substância a responsável pela causa da morte. O laudo aponta asfixia, uma parada respiratória do sistema nervoso central. Os peritos ainda não sabem quanto tempo vão levar para identificar qual a substância que provocou a asfixia. Os dois laudos que ficaram prontos serão encaminhados para a 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

A ex-médica respondia a processo por prática ilegal de aborto desde 2007. A clínica onde ela atendia em Campo Grande foi fechada. No local, foram encontradas fichas com o nome de quase dez mil mulheres. Neide chegou a ser presa, mas conseguiu um habeas corpus para responder ao processo em liberdade. Ela estava sendo acusada pela prática de 25 abortos, formação de quadrilha e porte ilegal de arma. Antes de morrer teve o registro de médica cassado.