O brasileiro André Azevedo e os tchecos Tomas Tomecek e Mira Martinec estão parados no quilômetro 210 da etapa desta sexta-feira do Rali Paris-Dacar, entre Tidjikja e Nouakchott, na Mauritânia. A tração dianteira do caminhão quebrou e eles estão atolados em uma duna. É impossível passar pelas dunas do deserto do Saara apenas com tração em um dos eixos. - Vamos levar de seis a sete horas para trocar a peça. Pelo menos essa é a minha expectativa. O sonho de ganhar o Dacar na categoria caminhões ficou literalmente numa duna do deserto da Mauritânia - lamentou André, vice-líder até a última etapa.O adversário Karel Loprais parou para ajudar o brasileiro, tentando rebocar o caminhão, mas sem sucesso. - O caminhão dele até quebrou nesta manobra, mas ele arrumou e foi embora - explicou Azevedo, que liderava o estágio até a passagem pelo primeiro posto de controle.Os outros brasileiros também estão com problemas. Jean Azevedo parou a sua moto no quilômetro 155. Klever Kolberg e Lourival Roldan estão se arrastando com o Mitsubishi Pajero Full, com problemas de embreagem.A etapa desta sexta-feira tem 652km no total, sendo 579 cronometrados. E a etapa tem todo tipo de terreno: areia, dunas, vegetação, estradas de terra e 200km de “ervas de camelo”, pequenas moitas que se formam no deserto e que impedem que o piloto ande mais de cinco metros em linha reta.