A situação financeira do consumidor da Região Metropolitana do Rio de Janeiro voltou a apresentar queda em abril, de acordo com pesquisa coordenada pelo Instituto Fecomércio-RJ. Segundo 57,77% dos entrevistados, as despesas com alimentação, higiene e limpeza aumentaram com relação a março, entretanto a quantidade de produtos comprada caiu. Os consumidores também não estão otimistas para o futuro. Aumentou de 17,55% para 19,14% o total de entrevistados com expectativa de piora de sua situação financeira em maio. E subiu de 13,28% para 16,33% o percentual daqueles que acreditam que a situação também vai estar pior daqui a seis meses. Esses dados fazem parte do Perfil Econômico do Consumidor, que entrevistou 3.256 moradores da Região Metropolitana entre 16 e 26 de abril. "O que chama a atenção na pesquisa é o fato de quem vem aumentando o percentual de famílias contraindo empréstimos, em financeiras ou bancos, para pagar contas e financiamentos atrasados. E mesmo assim, a inadimplência não está caindo. O novo salário mínimo, que chegará às mãos do consumidor em junho, deve aliviar um pouco esta situação. Mas a previsão é que em maio a situação não apresente melhora para o consumidor", explica o diretor do Instituto Fecomércio-RJ, Luiz Roberto Cunha. Desde janeiro, vem subindo o número de entrevistados que procura bancos e financeiras para poder fechar suas contas no fim do mês. Esse percentual, que era de 11,01% em dezembro, passou para 11,81% em janeiro, para 14,62% em fevereiro, pra 18,73% em março e ficou em 17,64% em abril.