A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) está intensificando ações de conscientização da população de Campo Grande no combate à leishmaniose visceral. De acordo com a assessoria de imprensa, os técnicos que trabalham nos cinco distritos sanitários da Capital vão a campo munidos de panfletos educativos, com informações sobre os principais sintomas e formas de combate à doença. O objetivo é despertar a população para mudanças de hábitos e de padrões de comportamento. Uniformizados e identificados com crachás do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), os borrifadores orientam também os moradores para atitudes que buscam evitar a criação e manutenção de reservatórios para o mosquito flebótomo, transmissor da doença. Como manter a casa e o quintal sempre limpos, embalar o lixo corretamente, não deixar lixo acumulado nos terrenos baldios perto de casa. Caso o morador tenha galinheiro, chiqueiro ou canil a recomendação é que mantenham sempre limpos e secos.Segundo o gerente técnico do Programa de Combate à Leishamniose do CCZ, Eliasze Luizo Guimarães, os trabalhadores serão multiplicadores de informações educativas e para isso aprenderam técnicas de abordagem. “Ainda pedimos à comunidade que permita a entrada dos agentes de saúde em suas casas”, afirmou.Ele destaca que a aplicação do inseticida não traz riscos para as pessoas, porém para os agentes, a segurança deve ser redobrada. Como ficam muito tempo em contato com o inseticida, os trabalhadores que fazem a borrifação necessitam vestir macacão, máscara e luvas para se protegerem dos riscos de contaminação.A leishmaniose visceral é uma doença de evolução lenta que pode se tornar grave e levar à morte, caso o doente não faça o tratamento. É causada por um protozoário do gênero Leishmania que vive no sangue dos cães doentes e é transmitida através da picada de um inseto chamado flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito palha.Os primeiros sinais da doença nos cães são queda de pêlos, descamação, emagrecimento, lacrimejamento, unhas grandes, paralisia parcial dos membros superiores e feridas no focinho e orelhas. Já no homem, os sintomas são febre irregular de longa duração, indisposição e fraqueza, emagrecimento e palidez, tosse seca, crescimento da barriga devido aumento do fígado e baço, diarréia e em casos mais graves sangramento na boca e no intestino.