Em parceria com o governo estadual, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul (Sebrae-MS) e o Banco do Brasil, o Ministério da Integração Nacional estará promovendo em Campo Grande na próxima quinta-feira, o seminário O FCO para o Pequeno Negócio: uma alternativa de financiamento para os arranjos produtivos locais, evento que será realizado no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, a partir das 13h30.O governo federal, através do Ministério da Integração Nacional, vem potencializando o uso dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento da Região Centro-Oeste (FCO) na promoção do desenvolvimento e correção das desigualdades sociais e regionais, definindo como diretrizes o incentivo aos arranjos produtivos locais (APLs) e a destinação de 51% a pequenos empreendedores.Arranjos produtivos locais são aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Quando se fala em APL, deve-se considerar, em primeiro lugar, a existência de aglomeração de número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal. Isso em comparação com a dinâmica do território considerado, levando-se em conta, por exemplo, o número de postos de trabalho, faturamento, mercado, potencial de crescimento e diversificação.Exemplo de arranjo produtivo em Mato Grosso do Sul é a mandioca. O Vale do Ivinhema, região rica em plantações de mandioca, viu seu potencial crescer nos últimos anos. Com a organização e a união de entidades e produtores, houve ganho não só em produtividade, mas também em aproveitamento e ampliação de mercado. A mandioca produzida no Vale do Ivinhema é utilizada na fabricação da primeira massa desse tubérculo no País, criada e produzida em Mato Grosso do Sul. Outros exemplos de APLs são o da cerâmica, na região norte do Estado e o do turismo, na região leste. Para a economista Maristela França, gestora de Atendimento Setorial do Sebrae-MS, entre as vantagens dos arranjos produtivos locais estão a competitividade e a sustentabilidade das empresas ao longo do tempo. Desde 2002 o Sebrae estabeleceu a atuação em arranjos produtivos locais como uma de suas prioridades.Para o Secretário de Estado da Produção e do Turismo, José Felício, fortalecer os APLs e facilitar o acesso dos pequenos empreendedores aos financiamentos do FCO são prioridades do governo estadual. "Queremos agregar valor à matéria-prima, promover a inclusão e gerar desenvolvimento local e regional".Outro parceiro nesse evento é o Banco do Brasil. O gerente de Agronégócio da Superintendência do BB em Mato Grosso do Sul, Carlos Werner, disse que o seminário vem em boa hora. "Vamos traçar um novo rumo para o micro e pequeno empresário".O Ministério da Integração Nacional será representado no seminário por dois palestrantes. Alexandre César, secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, abrirá o evento falando sobre "A Estratégia do Governo Federal para o Desenvolvimento Regional". Otaviano Muniz, diretor do Departamento de Promoção de Investimentos do Ministério, falará sobre "O Novo FCO para o Pequeno Negócio".