Desde terça-feira passada cirurgias eletivas e de urgência estão suspensas na Santa Casa por falta de 20 tipos de medicamentos, dentre eles anestésicos.
Somente as cirurgias de emergência, em que há risco iminente de morte, são realizadas.
Conforme apurado pelo Campo Grande News , neste período pelo menos 30 cirurgias deixaram de ser realizadas no hospital.
A assessoria de imprensa foi procurada e informou que “por enquanto a direção do hospital não vai se manifestar”.
As cirurgias eletivas já estavam comprometidas por conta da reforma do centro cirúrgico, mas a falta de medicamentos acarretou em suspensão total.
Um médico, que preferiu não ser identificado, contou que na manhã de hoje pelo menos seis pacientes em situação de urgência também deixaram de ser operados.
“Há casos em que o paciente corre risco de perder a perna e de obstrução de intestino”, exemplifica.
Conforme apurado, na manhã de hoje a diretoria do hospital esteve reunida e estuda pedir empréstimo de anestésicos para o Hospital Regional Rosa Pedrossian.
Não foi informado a que se deve a falta de medicamentos. É de domínio público que o hospital acumula dívida de R$ 14 milhões com fornecedores, mas não foi informado se eles suspenderam a entrega de remédios.
O hospital pediu empréstimo de R$ 14,4 milhões e chegou a emitir cheques no total de R$ 1,5 milhão, mas a operação foi vetada pela Justiça.
Na ocasião em que o empréstimo foi confirmado, a direção do hospital informou que a intenção era pagar R$ 9 milhões da dívida com fornecedores.
O recurso restante seria investido no setor de transplante hepático (de fígado) a exemplo do que foi feito na área renal e cardíaca.
No início de 2009, a Santa Casa ficou durante 6 meses sem cirurgias eletivas, mas por causa de greve de anestesistas.
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