Os cinco sócios e os quatro diretores da cervejaria Schincariol presos na sede da Polícia Federal, na Lapa, na zona oeste de São Paulo, devem ser libertados até a próxima sexta-feira, afirma o Ministério Público (MP). Eles são acusados de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal de R$ 1 bilhão."A não ser que apareça um grande fato novo, fatalmente todos serão soltos", disse o procurador José Maurício Gonçalves, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, responsável pela investigação, em matéria publicada neste sábado no Diário de S. Paulo.Gonçalves afirma que não terá tempo de reunir as provas para entrar com um pedido de prisão preventiva, que poderia deixar os acusados detidos até o julgamento. "Só vou entrar com a denúncia de formação de quadrilha e corrupção ativa em 10 ou 15 dias", diz. As denúncias podem demorar até 90 dias.O grupo é acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em esquema que incluía a direção do grupo e os seus distribuidores. Segundo a Polícia Federal, entre as ações desenvolvidas, estava o subfaturamento de notas fiscais, a utilização de empresas fantasmas com isenção fiscal e o carimbo falso de notas para simular negociações com estados que possuem impostos mais baixos.Os sócios da segunda maior cervejaria do país tiveram prisão temporária por cinco dias - renovável por mais cinco - decretada e foram detidos na última quarta-feira. As prisões vencem no domingo e devem ser renovadas até sexta-feira.
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