A advogada da Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, Sandra Valéria Mazucato disse há pouco que a entidade liderada pelo reverendo Moon tem 70 mil hectares em Mato Grosso do Sul e pelo menos 10 mil famílias fazem parte da seita em todo o País. Diante do fato da fazenda Aruanã, entre Bonito e Jardim, ter sido ocupada por pelo menos 350 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) há 1 ano e meio e mesmo após o fato, ser considerada produtiva pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Mazucato alega que os transtornos atrapalharam o objetivo da seita. “As ações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e a PF (Polícia Federal) dificultaram as remessas de investimentos para nossa associação. Temos que trabalhar na área para a nossa sobrevivência”, explicou. Sobre o fato do governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT questionar a ação da associação do Moon no Estado, a advogada reitera que “a intenção é a produção alimentar nos 70 mil hectares”. Em 2002, o juiz federal de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira, decretou a quebra do sigilo bancário do reverendo Kin Yoon Sang, considerado braço direito do reverendo Sun Myung Moon no Estado. O reverendo Kin prestou depoimento no dia 5 de junho de 2002, na CPI feita pela Assembléia Legislativa. No depoimento, Kin entregou aos deputados um documento detalhando as terras adquiridas e os investimentos feitos nas fazendas dos municípios de Jardim e Miranda. O pedido de quebra de sigilo bancário foi feito na época pelo presidente da CPI, deputado estadual Jerson Domingos (PSL). A PF chegou a instaurar inquérito para investigar as ações do reverendo na fronteira.