O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Carlos Magno Fortaleza, responsabilizou Mato Grosso do Sul pelo grande número de casos de leishmaniose em algumas cidades do Estado. Segundo ele o motivo se deve à entrada da doença no Estado, em 1999, pelas cidades que fazem divisa com Mato Grosso do Sul, como Presidente Prudente; e Bauru e Araçatuba, que estão na principal rodovia paulista (Marechal Rondon) que dá acesso a Mato Grosso do Sul. O número de casos de leishmaniose visceral confirmados no estado de São Paulo até agora está prestes a se igualar ao do ano passado: 143 contra 146 registrados em 2005. Naquele ano, 16 pessoas morreram vítima da doença, transmitida pelo mosquito-palha. Até agora, estão confirmadas seis mortes, sendo três delas em Dracena, a 160 quilômetros da Capital, na região centro-oeste de São Paulo. A leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito-palha e a forma mais comum de contaminação é pelo contato do inseto com o sangue de cachorros infectados. Ao picar humanos, ele transmite a doença, que pode ser fatal. Febre, inchaço do fígado e do baço e palidez são sintomas da doença, tratada apenas com medicamentos. A leishmaniose chegou a Dracena no ano passado. Foram confirmados 20 casos. O prefeito da cidade, Junior Stelato, entende que a situação é quase de calamidade pública e estima que 25% dos 10 mil cães da cidade estejam infectados. Ontem, o Instituto Adolfo Lutz confirmou a contaminação de 200 cães, que serão sacrificados. Mutirões de limpeza pela cidade e aplicação de veneno são ações da Prefeitura para matar o mosquito-palha.