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Ruralistas de MS criticam o referendo do desarmamento

25 agosto 2005 - 07h22

As principais lideranças rurais de Mato Grosso do Sul e do Brasil já estão se posicionando abertamente em relação ao referendo sobre o comércio de armas e munições, previsto para o dia 23 de outubro. Para o presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, José Roberto Felipe Arcoverde, considerado uma nova liderança entre os proprietários rurais da região sul do Estado, a campanha de desarmamento, assim como o referendo sobre armas e munição, representa um risco à segurança para o cidadão de bem.“A violência já é preocupante hoje tanto na cidade quanto no meio rural. Imagine se o ladrão ou o marginal tiver a certeza de que estamos em casa desarmados, sem qualquer chance de defesa?” argumentou.O presidente do Sindicato Rural de Dourados, Gino José Ferreira também ressalta a preservação da família. “Não acredito que uma arma traga algum prejuízo para o cidadão de bem, já que ele tem apenas a intenção de se proteger”, disse. Gino tem razão, as estatísticas indicam que o desarmamento da população não reduz a violência. Em 1980, foram vendidas legalmente 54.445 armas em todo país. Naquele ano, houve uma média de 10 homicídios por 100 mil habitantes. Já em 2004 foram vendidas apenas 1.229 armas legais em todo território nacional. Entretanto, os homicídios saltaram para 29 por 100 mil habitantes. “Esses números mostram a ineficácia da proibição da venda de armas e munições. Quem usa armas não é o cidadão de bem e sim o marginal”, disse o presidente do Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, que esteve recentemente em Dourados para debater o desarmamento com produtores rurais a convite da CAF (Comissão de Assuntos Fundiários) do Sindicato Rural de Dourados.Para divulgar essa posição diante do referendo, a classe ruralista lançou uma campanha com o seguinte slogan: “Desarmar o ladrão, a população não!”. Adesivos com a frase foram confeccionados e em breve estarão estampando os veículos dos proprietários rurais de toda região.Para o presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antonio Naban, a campanha pelo “não” deve ser feita como se fosse um trabalho “formiguinha”. “Precisamos que um amigo convença o outro para conseguirmos a conscientização do maior número de pessoas possível”, disse ao condenar as campanhas nacionais de rádio e televisão, que incentivam o desarmamento, mas que não apresentam qualquer argumento louvável para isso.Dados do Movimento Viva Brasil revelam que nos países onde houve o desarmamento, a violência aumentou consideravelmente. Na Inglaterra, os assassinatos cresceram 50% após o desarme nacional em 1998. No Canadá houve um aumento de 89% nos crimes violentos.“Se tivéssemos uma polícia preparada para nos defender não haveria necessidade das armas! Mas diante de uma cenário de insegurança nacional precisamos, pelo menos, ter a chance de defesa”, disse o presidente da CAF, Célio Villela de Andrade. O deputado estadual e pecuarista, Zé Teixeira (PFL) também já se posicionou contrário ao desarmamento. “Tem município que não tem armas e nem viaturas para a polícia. É nisso que o governo precisa investir. O poder público tem que se preocupar em oferecer segurança ao cidadão e não pensar em desarmá-lo”, enfatizou. 

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