Edição desta semana da Revista Istoé destina uma reportagem à movimentação do candidato petista Delcídio do Amaral na disputa pelo governo estadual. Ao apontar as adversidades do político dentro do próprio partido, como o prejuízo com as denúncias de corrupção envolvendo petistas, a revista sugere ter havido um acordo entre o governador Zeca do PT e o candidato do PMDB ao governo, André Puccinelli, feito em 2002, quando o peemedebista administrava Campo Grande e cogitou disputar com Zeca, que concorreu a novo mandato. “Pelo acerto, Puccinelli abria mão de candidatar-se naquele momento, e Zeca, em troca, facilitaria a vida dele nas eleições deste ano. Agora, o governador estaria pagando a fatura”, diz a reportagem de Istoé. Consta ainda no texto que em outra ocasião, com Delcídio já pré-candidato, o ex-tesoureiro do PT nacional, Delúbio Soares, esteve na Capital e declarou apoio a Puccinelli, “num movimento orquestrado por Zeca.”A revista coloca que outra dificuldade do candidato petista é não ter o “PT local entre de corpo e alma na campanha”. São lembrados o “ruído” entre Zeca e Delcídio quando o senador cogitou ingressar no PSDB, no começo do ano, e o envolvimento tardio de Zeca na campanha.A reportagem cita a atuação de Delcídio à frente da CPI dos Correios e as decisões tomadas, que contrariaram o PT mas comprovaram o mensalão. Ele é classificado na matéria como neopetista. Antes de ingressar no partido, Delcídio foi filiado ao PSDB. É apontado o empenho do candidato na campanha, para superar a diferença de Puccinelli, que lidera nas pesquisas. “Na rua eu sou bom, sou um craque”.“Os tempos de CPI, com exposição permanente na mídia, fizeram de Delcídio uma celebridade nacional, mas a notoriedade não chegou aos rincões de Mato Grosso do Sul”, traz a reportagem. “Eu fiquei praticamente um ano envolvido com a liderança do PT e com a CPI”, disse, para explicar o início da corrida política depois que o adversário.