As equipes de resgate recuperaram quatorze corpos e mais peças do avião egípcio que caiu ontem no Mar Vermelho, no leste de Egito, com 148 pessoas a bordo, em sua maioria turistas franceses. A informação é de fontes oficiais egípcias. Efetivos das forças marítimas e aéreas, apoiados por navios e helicópteros, retomaram no começo da manhã seus trabalhos de busca das vítimas e da caixa preta do avião, que ajudará os investigadores a esclarecer as causas do acidente. Uma delegação francesa, encabeçada pelo secretário de Estado para Assuntos Exteriores, Renaud Muselie, já se encontra no balneário de Sharm el Sheikh, no Sinai, de onde partiu o avião, para colaborar na investigação. Segundo as autoridades egípcias, o Golfo de Nema, onde caiu o avião, cerca de 15 quilômetros ao sul de Sharm el Sheikh, é uma região onde a profundidade do mar supera os 800 metros, o que dificulta as operações de resgate. O ministro da Aviação do Egito, Ahmed Shafic, não descartou que a recuperação dos corpos e da caixa preta dure até uma semana devido à profundidade da água. Shafic disse que até o momento foram encontradas poucas peças do avião, objetos pessoais e alguns restos das vítimas. Tanto o Cairo como Paris descartaram que uma ação de sabotagem tenha sido a causa da tragédia, a segunda maior da aviação egípcia em uma década e na qual morreram 133 turistas franceses que festejaram o Ano Novo no país norte-africano. O Boeing 737, da companhia Flash Air, caiu no mar cerca de três minutos após decolar na madrugada deste sábado do aeroporto de Sharm el Sheikh com destino a Paris, via Cairo.