O ex-assessor parlamentar Jamil Naglis Neto, atualmente respondendo pela Agência de Imprensa Oficial do governo de Mato Grosso do Sul, foi beneficiado com dois depósitos, de R$ 9 mil e R$ 6 mil, respectivamente, ao intermediar operações de compra superfaturada de ambulâncias, em decorrência do cargo que chegou a ocupar junto ao gabinete do deputado federal João Grandão (PT/MS), um dos citados na operação sanguessuga. De acordo com documentos obtidos pelo Dourados News, Jamil já não integrava mais o quadro de assessores do deputado quando se envolveu com o esquema, mas teria sido cooptado para essa operação agora conhecida como "máfia das ambulâncias" pelas ligações que adquiriu ao longo do tempo com o lobbysta Francisco Machado Filho, que tem livre trânsito pelos gabinetes oficiais de Brasília. O jornalista Clóvis de Oliveira propõe um debate sobre esse escândalo que ganha novas dimensões a partir do momento em que o próprio parlamentar perde o controle das atividades desenvolvidas sob a responsabilidade do gabinete.