A Receita Federal de São Paulo descobriu o que calcula ser o maior golpe já aplicado nos cofres da entidade na história. Oito pessoas já foram presas e três são procuradas pela Polícia Federal por destruir processos de dívida de empresas e falsificar certidões de débito. O desvio é calculado em R$ 100 milhões e envolveria técnicos da Receita, despachantes, auxiliares de escritório, assessores tributários e empresários de São Paulo, de Campinas e outras cidades. O esquema permitia que empresas recebessem certidões de que estavam em situação regular com a Receita, em troca de pagamento de 20% do valor da dívida para a quadrilha. Para isso, funcionários do órgão público destruíam processos e falsificavam de certidões negativas de dívida fiscal. Pelo menos 50 empresas grandes e médias teriam negociado com a quadrilha, segundo o corregedor-geral da Receita, Moacir Leão. Ele afirma que as empresas serão processadas. Para conseguir e violar as informações sobre as dívidas, alguns funcionários instalavam programas no teclados de computadores que gravavam a senha de outros técnicos. Com acesso aos dados, a quadrilha oferecia o "serviço de limpeza" para industriais e empresários de importação e exportação. O trabalho de identificação da quadrilha é feito em conjunto pela Receita Federal, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. O esquema foi descoberto em julho e, desde então, foram feitas gravações em vídeo dos setores e funcionários envolvidos. Leão afirma que ainda precisam ser identificados os "peixes grandes" que comandavam o sistema de fraude. Já foram presos: Marcos Antônio Ascari (técnico da Receita, do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas), Ruth Maria Israel (técnica da Receita), Osorito Vieira Alves (contador), Cleber Claus e Antonio Roberto Justel Quiles (assessores tributários), Ricardo Canal (auxiliar de escritório) e Rodrigo Sampaio Lopes e Edvaldo Cassimiro (despachantes). São procurados pela polícia: Célia Maria Israel (agente de portaria em Viracopos), Renata Cristina Moraes Moreira (despachante) e Fernando Tejo de Figueiredo Filho (técnico da Receita Federal).
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