O Fórum Social Mundial terminou ontem em Porto Alegre sem um documento final. Nem a tradicional marcha de encerramento pelas ruas ocorreu, informa o jornalista Graciliano Rocha, da Folha de S. Paulo no Rio Grande do Sul. “A marcha não saiu porque as discussões promovidas por sindicatos e movimentos sociais, pela manhã, na Usina do Gasômetro, estouraram o tempo”, escreveu. Entre 12h e 13h, sob o sol forte, a multidão reunida no evento se dispersou aos poucos.
Por causa da extrema diversidade das correntes que formam o FSM, os militantes preferiram não reunir as discussões em um documento final.
Ontem, por exemplo, o seminário que se propunha a fazer um balanço das atividades em Porto Alegre foi marcado por uma profusão de discursos sobre temas tão distintos quanto a abertura dos arquivos da ditadura brasileira, aquecimento global ou a situação de etnias indígenas no Equador.
Para o sociólogo Emir Sader, o protagonismo de organizações não governamentais, que encaram o FSM como uma oportunidade de intercâmbio de ideias, dificulta a articulação das experiências de governos de esquerda latino-americanos e dos movimentos sociais contrários ao capitalismo.
João Pedro Stedile, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), disse que o "jogo não se ganha no vestiário [FSM], mas no campo [mobilização nas ruas]". Movimentos sociais e centrais sindicais, entretanto, conseguiram formular ontem o seu próprio documento final, estabelecendo um calendário de mobilizações.
Membro da comissão internacional do FSM, a antropóloga Moema Miranda contesta o esvaziamento do encontro. Segundo ela, o caráter de "encontro e reconhecimento da diversidade" dá força ao FSM atualmente porque "o neoliberalismo não tem hoje uma grande bandeira a oferecer".
A dispersão foi também geográfica. Os cerca de 27 mil participantes inscritos, de 2.000 organizações, se pulverizaram em 915 atividades em seis cidades do Rio Grande do Sul.
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