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PT teria falido se fosse empresa, diz Genro

23 agosto 2005 - 17h39

O presidente do PT, Tarso Genro, 58, afirmou hoje que se o partido fosse uma empresa, já teria falido ou "no mínimo, pedido uma concordata preventiva". Segundo ele, esse endividamento provocará uma mudança no financiamento das campanhas eleitorais petistas, que deverão ser mais "modestas" em 2006 que as anteriores."O tesoureiro do PT fez um plano de reacomodação das finanças do partido para os próximos 18 meses. Esse plano nos deixa numa situação difícil."Segundo ele, esse plano resultou na adoção de "medidas duras", como a redução dos salários dos dirigentes do partido e corte nas despesas com passagens. Por outro lado, Tarso disse que o plano de reorganização financeira do PT acabou fechando a sede do partido em Brasília, que para ele era uma construção "delirante". "Essa sede nos trazia muito mais despesas do que benefícios. Foi o limite que nos levou a gestão que nós tivemos."Financiamento de campanhaTarso admitiu que a situação de endividamento do PT prejudicará as campanhas eleitorais de 2006. "Vamos sofrer nas próximas eleições."Segundo ele, o PT deverá contar com muito menos caixa para financiar as campanhas de seus candidatos em 2006. "Eu acho que nós vamos ter que voltar a padrões de financiamentos muito mais contidos, não só para nós, mas para dar um exemplo partidário. Seguramente nossas campanhas serão muito mais modestas."O presidente do PT defendeu uma "seleção" das possíveis doações que o partido possa receber para financiar as campanhas de 2006. "Precisaremos ter cuidado para que quem contribui com o nosso partido tenha algum programa de inclusão social."DívidasO presidente do PT voltou a afirmar que as dívidas do partido, "embora contraídas de maneira errada", serão pagas. Segundo ele, o partido precisará de prazo para quitar essas pendências financeiras. Ele sugeriu a possibilidade de parcelar o pagamento.No entanto, ele reiterou que parte da dívida que está sendo atribuída ao PT será discutida na Justiça. Segundo Tarso, o PT não reconhece dívidas em que a contratação foi "simulada".SabatinaTarso participou hoje do ciclo de sabatinas da Folha. Foi a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional. Ele, que ocupou o Ministério da Educação (2004-2005), deixou a pasta neste ano para assumir a presidência do PT em meio à atual crise política.Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.Os sabatinados respondem, em duas horas, a perguntas formuladas por entrevistadores e, depois, do público --formato utilizado nos anos anteriores na série de sabatinas da Folha com os candidatos à prefeitura de São Paulo, governo do Estado e presidência da República.O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2). Cerca de 300 pessoas assistiram à sabatina de Tarso, que lotou a platéia do Teatro Folha.Tarso chegou a ser aplaudido em alguns momentos. Isso ocorreu quando ele disse que o presidente Lula "não era bobo". "Um bobo não chegaria à Presidência da República."Ele também recebeu manifestações contrárias da platéia, principalmente quando evitou responder sobre a possibilidade de Lula sair candidato à reeleição em 2006 e se o presidente teria chances de ser eleito novamente. 

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