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PT aprova diretrizes para eleições e evita citar aliança com PMDB

19 fevereiro 2010 - 16h05

O PT aprovou nesta sexta-feira as diretrizes para o programa de governo da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em 2010 caso a petista seja eleita presidente da República em outubro. Os petistas mantiveram no texto a disposição de firmar alianças com partidos de centro-esquerda em torno do nome de Dilma, mas não fizeram menção específica à aliança com o PMDB --tese defendida por alguns delegados do partido.

O deputado José Genoino (PT-SP) apresentou emenda que pedia a inclusão, no texto, da aliança prioritária com o PMDB nas eleições de outubro. A emenda acabou derrubada pela maioria dos delegados, que mantiveram o texto original --que menciona apenas a necessidade de o PT "fortalecer um bloco de esquerda e progressista, amparado nos movimentos sociais".

O partido cita, no texto, apenas o PSDB, DEM e PPS como opositores diretos do PT nas eleições de 2010. "De um lado, os neoliberais representados pela aliança DEM/PSDB/PPS, derrotados em 2002 e 2006, encurralados ideologicamente depois da crise econômica global e sem projeto para o país. De outro, o projeto popular implementado por Lula que levou o Brasil a deixar o papel de ator coadjuvante na cena mundial", diz o texto.

O ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP) disse que o partido não pretende priorizar alianças porque considera que todas as legendas da base são importantes para as eleições presidenciais. "Ontem foi ao ar programa do PSB que coloca dúvida sobre as eleições de 2010. Queremos fazer o debate com todos, mas não queremos estabelecer nenhuma prioridade, mesmo que baseada na questão programática", afirmou.

Para o petista Marcos Sokol, que disputou a presidência do PT, a aliança com o PMDB é um erro na história do partido. "Questiona aliança com o PMDB. "Aliança para que? Para continuar o balcão de negócios que resultou no mensalão?", questionou.

Genoino, autor da emenda, disse que seu desejo era apenas explicitar a aliança com o PMDB, mas demonstrou estar de acordo com a manutenção do texto original. "A divergência não era de fundo. Ficaram as alianças em geral. Estamos com a política de aliança que preconiza um bloco de forças de esquerda e de centro", afirmou.

O PT ainda diz, no documento, que tem como meta manter os cinco governos estaduais conquistados nas eleições de 2006, com a ampliação desse número. A meta do partido, explicitada no texto, é eleger Dilma presidente da República em outubro.

"O 4º Congresso Nacional do PT delibera que o objetivo principal do nosso partido em 2010 é a eleição da companheira Dilma para presidenta do Brasil", diz o texto.

Impasses regionais

Os petistas também mantiveram o artigo que determina ao diretório nacional do PT decidir sobre as alianças da legenda nos Estados. Apesar de um grupo de delegados ter apresentado emenda para que os diretórios estaduais tivessem autonomia para resolver os entraves à aliança com o PMDB, a maioria dos petistas entendeu que o texto original deveria ser preservado.

"Talvez exista um temor de que a direção nacional não tenha sensibilidade para dialogar. Mas o temor não deve substituir a afirmação de que o PT é um partido nacional. A emenda vai contra a nossa história. O PT é nacional. Tem sensibilidade das visões", disse o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).

Entre Estados que enfrentam problemas para consolidar a aliança do PT com o PMDB nos Estados estão Minas Gerais, Rio Grande do Sul e a Bahia. Nos três Estados há pré-candidatos do PT e do PMDB aos governos estaduais, o que na opinião de alguns petistas pode trazer ameaças à consolidação da aliança em nível nacional.

Os petistas estão reunidos, desde ontem, em congresso nacional do partido que vai aclamar amanhã Dilma como pré-candidata. Ao todo, cerca de 1.350 militantes participam do evento, que custou R$ 6,5 milhões.

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