A necessidade dos países desenvolvidos reduzirem suas emissões de gases poluentes pode colocar o Mato Grosso do Sul no mapa das alternativas de fontes de energia limpa. O setor sucroalcoleiro vive uma boa perspectiva de negócios com a abertura dos mercados de países que já instituíram programas para adicionar o álcool à gasolina.“Existe um horizonte muito positivo para a nossa economia no mercado internacional, principalmente depois do Protocolo de Kyoto”, afirmou o vice-governador e secretário Egon Krakhecke (Planejamento, Ciência e Tecnologia), ao abrir o seminário “Energia Renovável no Mato Grosso do Sul”, ontem, em Campo Grande.O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional para reduzir as emissões de gases-estufa dos países industrializados e para garantir um modelo de desenvolvimento limpo aos países em desenvolvimento. O documento prevê que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos reduzam suas emissões em 5,2% em relação aos níveis medidos em 1990. O tratado foi estabelecido em 1997 em Kyoto, Japão, e assinado por 84 países. Destes, cerca de 30 já o transformaram em lei. O acordo impõe níveis diferenciados de reduções para 38 dos países considerados os principais emissores de dióxido de carbono e de outros cinco gases-estufa.O Japão é um deles. Para cumprir a meta de reduzir suas emissões de poluentes em 6%, o governo japonês já sinalizou com um programa de adição do álcool à gasolina. Exportar álcool ao mercado japonês significa, segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool, José Pessoa Queiroz Bisneto, uma perspectiva de crescimento do setor e geração de empregos no Estado.De acordo com o vice-governador, o Estado vai implementar políticas públicas para reforçar o setor energético. Um estudo aprofundado da matriz energética já começa a ser esboçado numa parceria estratégica entre o governo do Estado e a Petrobrás. O estudo vai permitir um foco mais preciso nos investimentos e no aproveitamento das potencialidades.Em outra frente, informou Egon Krakhecke, o governo do Estado vai estimular empresários, universidades, técnicos do governo e organizações não governamentais a intensificarem o debate em torno do setor. Isto acontecerá, segundo ele, com a criação da câmara setorial de energia.“Temos interesse em trazer ao debate todos os atores sociais relevantes para a solução dos gargalos em energia que ainda temos e o governo vai estimular a criação da câmara setorial”, disse Egon, que hoje acompanha a formação do lago da usina hidrelétrica de Paraíso, no município de Costa Rica. O empreendimento da Enersul vai turbinar a capacidade de geração de energia hidráulica em MS de 40 para 61 megawatts.
Deixe seu Comentário
Leia Também
Pacientes de Manaus continuam sendo transferidos para hospitais universitários federais
CÂMARA DOS DEPUTADOSProjeto altera requisitos exigidos para o cargo de diretor de presídio
SAÚDELesão de continuidade na pele pode ser porta de entrada para bactérias
EDUCAÇÃOFapec seleciona profissionais para atuarem em projetos coordenados pela fundação
FUTEBOLCom eleição adiada, Barcelona não deve ir ao mercado em janeiro

Ciclistas protestam contra morte de colega por motorista bêbado no Rio de Janeiro
Projeto concede incentivo fiscal para quem patrocinar cirurgias no SUS
ESPORTESAustralian Open: tenistas são isolados após contatos com infectados
SAÚDECovid-19: entidade orienta sobre vacinação em pacientes reumáticos

Homem é preso portando arma de fogo e munições em Ponta Porã
Mais Lidas

Jovem cai de moto e pede ajuda após levar facada

Dourados tem oito mortes por Covid em 24 horas

Polícia fecha "boca de fumo" comandada por família no Canaã IV
