O pastor Agnaldo Pereira dos Santos, 41 anos, da igreja Pentecostal Cristã Missionária, do bairro São Francisco, em São Luís, está preso no 8º Distrito Policial na capital maranhense. Segundo a superintendência de polícia de São Luís, o pastor foi indiciado pelo crime de estupro presumido contra uma menina de 7 anos, que ele e a mulher Edna Muniz de Deus Santos, 40 anos, pretendiam adotar.Ainda segundo a polícia, o crime teria acontecido em agosto do ano passado durante o período de adaptação em que a vítima e a irmã dela, uma menina de 6 anos, conviveram com os candidatos a pais adotivos. É nesse período de adaptação que as autoridades responsáveis pelos processos de adoção constatam se há afinidade entre as crianças e o casais que pretendem adotá-las. Foi durante as entrevistas de rotina feita ao longo do processo de adoção que a psicóloga e a assistente social da Vara da Infância e Juventude, que acompanhavam as duas irmãs, desconfiaram do que havia acontecido. Imediatamente o caso foi denunciado à Delegacia De Proteção à Criança e ao Adolescente. A denúncia foi feita através de relatório encaminhado à Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos dos Cidadãos, que requisitou à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente que instaurasse o inquérito policial. O que ocorreu em outubro de 2005 segundo a Superintendência de Polícia da Capital. Ontem, o juiz Luiz Pessoa Costa, da 11ª Vara Criminal, expediu mandado de prisão preventiva contra o pastor. Agnaldo Pereira dos Santos foi preso quando prestava depoimento na Delegacia De Proteção à Criança e ao Adolescente. Segundo a Superintendência de Polícia da capital, no depoimento, o pasto negou ter cometido o crime e disse que o estupro poderia ter ocorrido no Educandário Santo Antônio, onde as garotas viviam antes de serem levadas para passar o período de adaptação com o casal. A polícia informou que assim que foi feita à denúncia de estupro presumido as duas irmãs, que hoje estão com 7 e 8 anos, foram retiradas do casal e encaminhadas ao Educandário Santo Antônio. Em seguida foram entregues aos pais biológicos. Há a suspeita de que, na ocasião em que as crianças foram deixadas no Educandário Santo Antônio, os pais estariam envolvidos com entorpecentes. "O que mais intriga a polícia é o fato do pastor não ter denunciado às autoridades competentes as suspeitas que ele disse ter sobre o fato da menina ter sido estuprada no Educandário Santo Antônio. Um comportamento pouco comum para um homem que pretendia ser um pai para a vítima", disse um delegado que acompanha o caso. Edna Muniz de Deus Santos, 40 anos, mulher do pastor é ouvida nesta tarde na Superintendência da Polícia Civil da Capital. As investigações continuam e muitas testemunhas ainda devem ser ouvidas para esclarecer as denúncias feitas pelo pastor.