O prefeito de Antônio João, Junei Marques (PDT), corre o risco de ser indiciado pela CPI que apura o escândalo das “sanguessugas”, por ter negociado com a empresa Planam, acusada de chefiar a máfia das ambulâncias. Além da Prefeitura de Antônio João, a 50 quilômetros de Ponta Porã, mais 24 prefeituras de Mato Grosso do Sul estão envolvidas no esquema através de emendas parlamentares. Terenos, com R$ 164,8 mil e Dourados com R$ 154 mil, foram as que mais recebem recursos, segundo o site Campo Grande News.
Os outros valores são inferiores a R$ 75 mil e foram empenhados no Ministério da Saúde a partir de 2004. Os municípios do Estado que compraram ambulâncias da Planam, inclusive com a emissão de nota fiscal, foram: Amambai, Antônio João, Batayporã, Dois Irmãos do Buriti, Eldorado, Guia Lopes da Laguna e Sonora, conforme lista do Ministério da Saúde.
Numa outra lista estão os municípios que também negociaram com a empresa, mas que para o Ministério da Saúde o convênio ainda consta como “aberto”, sem acesso à nota fiscal. São as prefeituras de Bataguassu, Camapuã, Coronel Sapucaia, Juti, Rio Brilhante, Rio Verde, Maracaju, Angélica, Bonito, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Selvíria e Terenos.
No final de semana, Junei Marques viajou para Campo Grande possivelmente para tratar do assunto. Ele terá de provar que não recebeu ‘comissão’ durante a negociação e aquisição dos veículos. Esta é a primeira vez que Junei é envolvido num escândalo desta natureza desde que assumiu a prefeitura em 2005. No final daquele ano, Junei recebeu e entregou cinco ambulâncias em seu município.