No próximo dia 5, enfermeiros, técnicos de enfermagem, motoristas e demais profissionais selecionados começam a ser treinados para trabalhar no primeiro Serviço Móvel de Atendimento de Urgência Indígena (SAMU indígena) do Brasil, em Dourados. A informação foi obtida pela assessoria do deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS).
O Samu Indígena é um projeto pioneiro, de iniciativa do parlamentar, enquanto ele era ainda secretário de Estado da Saúde, durante a pandemia. Logo, Dourados deverá ser a primeira cidade do país a ter o atendimento de urgência e emergência voltado para a população indígena.
Para tanto, técnicos do Ministério da Saúde, do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) e da SESAI (Secretaria de Saúde Indígena) deverão estar em Dourados nos próximos dias. Eles devem discutir a implantação do SAMU com sua base de operações em área que será cedida pela Missão Evangélica Caiuá, provisoriamente no Hospital Porta da Esperança.
De acordo com Geraldo Resende será firmado um convênio entre as partes envolvidas no projeto, no valor de R$ 90 mil mensais, para custear as despesas do serviço, como por exemplo, o salário dos servidores que serão lotados no SAMU Indígena.
A ambulância destinada para o SAMU Indígena já se encontra há várias semanas na Superintendência do Ministério da Saúde em Campo Grande. O veículo foi viabilizado pelo deputado Geraldo Resende ainda na gestão do ex-prefeito Alan Guedes. Ela já está sendo caracterizada com as cores e logomarca do SAMU para ser levada a Dourados.
De acordo com o parlamentar, para a instalação do Serviço que vai atender a comunidade indígena, a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSus), criada recentemente pelo Governo Federal), deverá fazer, no início de maio, a seleção dos servidores que vão trabalhar no SAMU Indígena, como motoristas, enfermeiros e médicos.
“Finalmente, depois de muita luta, estou confiante de que nossa proposta finalmente vai se tornar realidade, depois de diversas interlocuções que fizemos junto ao Ministério da Saúde e ao Município de Dourados. Este será o primeiro SAMU Indígena do país, cujo projeto deverá ser piloto e servir de modelo para outras regiões”, salienta Geraldo Resende.
Lançamento
O lançamento do SAMU Indígena em Dourados deverá ser feito no mês de maio pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha. O convite foi feito pessoalmente há alguns dias pelo próprio deputado Geraldo Resende.
“Acredito que após serem sanados todos os entraves que atrasaram a implantação do SAMU em Dourados, pois já havia esse compromisso firmado pela ex-ministra Nísia, o atual ministro não vai perder essa chance de fazer história e de atender uma demanda tão importante da população indígena douradense, levando essa solução, posteriormente, para todo o país”, destaca Geraldo Resende.
A luta
A criação do SAMU Indígena nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, foi uma ideia do então Secretário de Estado da Saúde, Geraldo Resende, em 2022, quando destinou um veículo específico para atender à população indígena, mas que, na época foi retirado de circulação pela prefeitura para cumprir outros serviços da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados.
O Serviço quase chegou a ser implantado em 2024, porém, entraves burocráticos tanto por parte do Município quanto do Governo Federal, atrasaram a medida. Para evitar que Dourados perdesse definitivamente essa conquista, o deputado Geraldo Resende fez diversas cobranças junto ao ministro Alexandre Padilha e chegou a pedir providências do Ministério Público Federal.
“Estamos muito próximos de implantar a primeira base do SAMU de todo o Brasil em Dourados. É mais do que justo que o município seja pioneiro, uma vez que aproximadamente 20 mil indígenas vivem em uma área de 3,5 mil hectares na reserva local e enfrentam dificuldades na locomoção para unidades de saúde na área urbana”, pontua Geraldo Resende.
Ministério Público acionado
Em 19 de março, o deputado Geraldo Resende acionou o procurador do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Delfino de Almeida, solicitando que fosse feita uma intermediação para que a prefeitura de Dourados reduzisse o tempo da implantação do serviço de 120 para 60 dias.
“Não há motivo de tanta morosidade para implantação de um serviço que já está pronto para ser iniciado e será o primeiro do Brasil. Conquistei o apoio do Governo Federal, viabilizei a ambulância, temos base de operações e os profissionais serão treinados no começo de maio. Portanto, não há motivo para mais postergações burocráticas”, disse à época o parlamentar.
Na avaliação de Geraldo Resende, o SAMU Indígena será uma experiência inovadora e de sucesso. “Eu tenho a convicção de que esse projeto, pensado quando ainda estava na Secretaria Estadual de Saúde, terá um potencial enorme para ser expandido a outros municípios brasileiros”, concluiu.
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