O Partido dos Trabalhadores (PT) vai às urnas neste domingo, dia 06 de julho, para eleger novas direções em todo o país.
A disputa interna — qualquer que seja o resultado — abrirá um novo capítulo nos 45 anos de história da sigla. Após quase uma década sob a gestão de Gleisi Hoffmann, o PT terá um novo comandante nacional pelos próximos quatro anos.
Quase três milhões de filiados poderão depositar seus votos em urnas espalhadas por todos os estados e até mesmo no exterior. Em eleição direta, vence o candidato a presidente que alcançar mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou nesta manhã, no hotel onde está hospedado, no Rio de Janeiro — onde participa da 17ª Cúpula do Brics.
Candidaturas
O partido registrou quatro candidaturas ao maior cargo da estrutura interna. Cada candidato representa uma corrente diferente dentro do PT.
O eleito será responsável por conduzir os rumos da sigla nas eleições de 2026, avaliada internamente como uma das mais complexas e desafiadoras dos últimos anos. Entre todos os candidatos, há a defesa de que o partido precisa focar na campanha à reeleição do presidente Lula.
Petistas também têm defendido que, além da candidatura de Lula, o futuro presidente do PT precisará se dedicar a reconectar a sigla com suas bases, fortalecer novas lideranças e preparar a legenda para uma era sem o seu principal nome.
Sem conseguir urnas eletrônicas, o partido fará as eleições internas em cédulas de papel, com contagem manual e individualizada nos municípios. Há expectativa de que haja uma prévia do resultado na noite de domingo. Mas os dados consolidados devem ser conhecidos apenas na manhã de segunda-feira (7).
Candidatos
O candidato favorito ao comando nacional da legenda é o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva, ligado à ala Construindo Um Novo Brasil (CNB). Dominante do partido, a CNB é formada por nomes como Gleisi e Lula.
Edinho é visto pelos pares como um petista de perfil moderado e defensor da ampliação das pontes de diálogo do partido com outras alas da política nacional.
Ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-ministro, ele tem defendido uma modernização do PT. Edinho Silva também tem avaliado que a sigla se distanciou de suas bases e que o partido precisa corrigir a estratégia.
A candidatura de Edinho ganhou corpo e foi maturada ao longo de meses. O ex-ministro do governo Dilma foi alvo de resistência dentro da CNB e enfrentou obstáculos para consolidar uma unidade em torno de seu nome.
A fervura interna só baixou em abril, com dedo do próprio presidente Lula — um dos maiores entusiastas de Edinho Silva — e a retirada de candidatura do prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá.
Para o ex-prefeito de Araraquara, o partido terá como prioridade clara em 2026 a reeleição de Lula.
"O maior desafio do PT é a reeleição do presidente Lula, e a construção de uma política de alianças que deve ser trabalhada estado por estado, considerando a realidade política de cada território. Além disso, precisamos fazer um debate franco e honesto com a sociedade brasileira", avalia.
Além de Edinho, as eleições internas do PT também terão como candidatos a presidente:
Romênio Pereira — atual secretário de Relações Internacionais do partido e representante da Movimento PT;
Rui Falcão — deputado federal, ex-presidente da sigla e membro da corrente Novo Rumo;
e Valter Pomar — ex-vice-presidente do PT, dirigente nacional e integrante da Articulação de Esquerda.
Nesta disputa, o trio representa alas mais à esquerda do partido, com diferentes posicionamentos dentro deste espectro. Não é raro ouvir entre petistas que, enquanto Edinho Silva é o candidato da "continuidade", as outras candidaturas cumprem um papel de pressionar a sigla a tomar posições mais radicais.
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