A assessoria de comunicação da vereadora Benny Briolly (PSOL) – a primeira parlamentar trans eleita em Niterói, no Rio de Janeiro – informou na noite desta quinta-feira, dia 13 de maio, que a parlamentar precisou sair do Brasil após receber ameaças de morte. A nota diz que a decisão foi do partido de Benny, para mantê-la segura.
Daniel Vieira Nunes, presidente do PSOL em Niterói, afirmou que está indignado com a situação
"A política de ódio não vencerá e o Estado precisa garantir a integridade da vida e da atuação parlamentar de uma vereadora eleita", disse.
Previsão é de que a política fique afastada da atividade presencial na Câmara de Vereadores de Niterói por aproximadamente 15 dias. O texto diz que a vereadora vai continuar acompanhando as sessões plenárias, que estão ocorrendo de forma virtual por conta da pandemia.
Cinco meses de ameaças
A nota da assessoria informou, ainda, que as ameaças contra Benny vem ocorrendo há cinco meses.
Uma das mais sérias, segundo o texto, foi um e-mail citando o endereço da vereadora e exigindo que ela renunciasse ao cargo, ou, caso contrário, iriam até casa dela para matá-la.
Além disso, Benny também recebeu comentários nas redes sociais desejando que "a metralhadora do Ronnie Lessa" a atingisse.
Comunicações a autoridades
A assessoria da vereadora afirmou que foram "comunicadas e oficializadas várias instâncias do Estado brasileiro sobre a grave situação" e que, "até o momento, não foram tomadas medidas efetivas que protegessem sua vida [de Benny] e seus direitos políticos".