Para combater incêndios no Pantanal, Renato Câmara defende aquisição de helicóptero pelo Governo

O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Renato Câmara (MDB) defendeu, durante sessão plenária da ALEMS, que sejam realizados estudos técnicos e econômicos que visem à aquisição de um helicóptero de combate a incêndios para o Estado de Mato Grosso do Sul.

A proposição foi dirigida oficialmente ao governador Eduardo Riedel e ao secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck. “Precisamos fortalecer a estrutura de combate a incêndios florestais, especialmente nas áreas de difícil acesso e de alta vulnerabilidade, como o Pantanal, parques estaduais e demais unidades de conservação. O helicóptero é uma ferramenta estratégica no combate a incêndios, sobretudo em regiões remotas, onde o acesso terrestre é limitado”, argumentou Renato Câmara.

Ao justificar sua Indicação, o parlamentar destacou que este tipo de aeronave permite a rápida mobilização de equipes de combate, o lançamento de grandes volumes de água em áreas de difícil acesso e a evacuação de áreas críticas com eficiência e segurança. Equipado com modernos sistemas de controle, um helicóptero adequado pode atuar em condições adversas, incluindo incêndios de grandes proporções, como os que frequentemente atingem o Estado.

Simultaneamente, Renato Câmara apresentou como sugestão o maior e mais eficaz helicóptero de combate a incêndios do mundo, o Erickson S-64 SkyCrane, também conhecido como "Annie" ou "Helitanker", que pertence à empresa norte-americana Erickson Air-Crane e opera no Chile e no Peru sob a empresa Ecocopter. “Esse helicóptero possui uma autonomia de 246 milhas náuticas e um tanque principal com capacidade de 10 mil litros de água, que pode ser recarregado em menos de um minuto”.

Como exemplo, citou que em 2017, o órgão chileno de combate a incêndios florestais (Corporación Nacional Forestal - Conaf) avaliou o desempenho do S-64 Erickson AirCrane como 100% eficaz no combate ao fogo, tornando-o a aeronave de melhor desempenho para essa finalidade. Com 21 metros de comprimento e diâmetro de 21,2 metros, o S-64 possui seis pás, e utiliza um sistema completo de combate a incêndios através de um "snorkel" que carrega água por sucção. Além disso, o Erickson S-64 SkyCrane pode recarregar seu tanque principal enquanto permanece parado sobre uma fonte de água por apenas 45 segundos e realizar lançamentos de água em oito modos diferentes, que vão de descarga parcial até o despejo completo de 10 mil litros em apenas três segundos.

“O Pantanal, em particular, tem sido severamente afetado por incêndios de grande escala, resultando em danos irreparáveis à fauna, flora e aos recursos naturais. Segundo o Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro), aproximadamente 1.450.425 hectares de área do Pantanal foram destruídos pelo fogo, causando enormes prejuízos ambientais e econômicos, inclusive produzindo mídias negativas que impactam todas as atividades comerciais, em especial o ecoturismo. Com a aquisição de uma aeronave de combate a incêndios eficiente e moderna como o Erickson S-64 SkyCrane, o Estado de Mato Grosso do Sul estará melhor preparado para responder rapidamente a incêndios de grandes proporções, protegendo suas áreas de conservação e propriedades privadas, além de reduzir significativamente os impactos ambientais e econômicos decorrentes desses eventos”, frisou o vice-presidente da ALEMS.

“Diante de tudo que aqui expusemos, solicito que sejam realizados os devidos estudos para viabilizar a aquisição desse equipamento, essencial para a preservação do bioma pantaneiro e para a proteção das comunidades afetadas pelas queimadas no Estado, sobretudo, para garantir as ações dos bombeiros de MS, que, muitas vezes se viram de mãos atadas para executar um trabalho eficaz devido à falta de um helicóptero para auxiliar na eliminação incêndios e, principalmente, para salvar vidas nestes momentos de desastres ambientais”, reiterou Renato Câmara.