O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), rejeitou um pedido para que o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, deixe a prisão onde está, no Rio de Janeiro, e seja transferido para um hospital particular.
Segundo o ministro, "neste momento, verifica-se a plena capacidade do hospital penitenciário em fornecer o tratamento adequado ao preso, não havendo qualquer comprovação de que o seu estado de saúde exija nova saída do estabelecimento prisional".
Entretanto, o ministro autorizou a visita de médicos particulares.
Moraes ressaltou que laudo médico aponta "absoluta normalidade da situação médica do preso", tendo sido recomendado apenas a realização de exame.
"Como se vê, não há qualquer elemento que indique a necessidade de transferência da unidade prisional para hospital particular, havendo consignação expressa de que os procedimentos médicos necessários foram adotados adequadamente", escreveu o ministro.
Atendimento em Bangu
No domingo (24), a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou que Jefferson estava internado em observação no Pronto Socorro Geral Hamilton Agostinho, no Complexo de Gericinó, desde a tarde deste sábado (23).
Segundo a Seap, ele pediu atendimento médico após se queixar de dores na lombar.
A nota informa ainda que, por orientação médica, Jefferson faria uma ultrassonografia nesta terça-feira (26). Segundo a Seap, "o interno está lúcido, verbalizando e seu quadro clínico é estável."
Licença da presidência do PTB
Na noite de domingo (24), o advogado do ex-deputado informou à TV Globo que Roberto Jefferson encaminhou uma carta pedindo licença da presidência do PTB por tempo indeterminado.
A autorização partiu do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do chamado "inquérito da milícia digital", que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos.
Em setembro, o ministro autorizou que Jefferson deixasse a prisão para receber tratamento médico e manteve o uso de tornozeleira eletrônica do ex-deputado.
Denúncia
Em agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Jefferson por incitação ao crime, ameaça às instituições e homofobia.
Na denúncia, a PGR listou sete declarações em que o ex-deputado atacou instituições, e afirma que ele praticou condutas que constituem infrações previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
Inicialmente, a PGR tinha se manifestado contra a prisão de Jefferson, argumentado que a conduta dele estava protegida pela liberdade de expressão. Agora, a própria PGR vê crime nas atitudes do ex-deputado e defende que ele fique em prisão domiciliar.
A defesa de Jefferson nega as acusações e criticou a denúncia da PGR. Segundo os advogados, "o que há, em verdade, é uma colcha de retalhos de manifestações midiáticas do defendente que em nada representam a prática de qualquer espécie de crime".
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