Antídoto para as migrações partidárias, a reforma política está na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deste semestre, mas deve sofrer resistência no Congresso. Um dos pontos mais polêmicos é o sistema de lista fechada, pelo qual o eleitor votaria na legenda e não mais no candidato. A maior crítica é que esse sistema fortaleceria os chefes partidários, que indicariam os nomes e sua ordem na lista. "Há de fato o risco da oligarquização", diz o cientista político Carlos Ranulfo, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). "Mas o sistema de lista fechada é o instrumento de disciplina e fidelidade partidária mais forte que existe." Para fugir do risco da "oligarquização", o Congresso precisaria aprovar a realização de eleições primárias, segundo o cientista político, como já ocorre hoje, por exemplo, no Uruguai. Para Ranfulfo, o sistema é mais eficaz para acabar com a dança de cadeiras do que a ampliação para dois anos do prazo de fidelidade partidária, também prevista na reforma. Outro item polêmico é o que trata do financiamento público de campanhas. Segundo cálculos feitos pelo deputado Alexandre Cardoso (PSB-RJ), que presidiu a comissão especial da reforma política na Câmara, o país gasta mais de R$ 8 bilhões, a cada quatro anos, com o "assistencialismo eleitoreiro". O financiamento público sairia por aproximadamente R$ 800 milhões, segundo cálculos do deputado.
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