Golpistas se aproveitaram da onda de fake news envolvendo o PIX, em janeiro, para fazer mais de 1.770 anúncios fraudulentos nas plataformas da Meta (dona de WhatsApp, Facebook e Instagram).
A informação foi divulgada pelo NetLab, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), nesta quinta-feira, dia 06 de fevereiro.
O estudo focou no período entre 10 e 21 de janeiro, logo depois de a Receita Federar ampliar normas de fiscalização envolvendo o PIX, um ato que foi alvo de uma enxurrada de mentiras nas redes sociais e acabou revogado pelo governo.
Golpistas fizeram uso dessa onda de desinformação sobre o PIX para convencer vítimas a receberem supostas quantias em dinheiro que, segundo esses criminosos, poderiam ser alvos do governo.
Cerca de 40% das postagens levavam a páginas falsas que tentavam se passar por sites de instituições públicas e também continham logomarcas de órgãos como a Caixa e o Banco Central.
E 81,7% das páginas alegavam promover o serviço Valores a Receber, oferecido pelo Banco Central para auxiliar pessoas físicas e jurídicas a resgatarem dinheiro esquecido em instituições financeiras.
"O fato de estas páginas terem obtido a permissão para veicular anúncios em nome do governo evidencia as fragilidades dos processos de verificação de anunciantes da Meta", diz o estudo.
A Meta afirmou que está "sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas".
Segundo o NetLab, 70% dessas postagens continham alguma adulteração feita com inteligência artificial, incluindo vídeos manipulados de políticos e jornalistas.
Esses posts foram impulsionados nas plataformas, isto é, os anunciantes pagaram para que eles aparecessem para mais pessoas. Segundo o NetLab, o alcance das fraudes foi maximizado pela utilização das ferramentas de marketing da Meta, "que permitem a compra de anúncios segmentados de acordo com critérios demográficos, geográficos e interesses dos usuários".
O levantamento envolveu apenas as redes sociais da Meta porque a empresa é a única que tem uma Biblioteca de Anúncios "minimamente pesquisável e navegável para busca de anúncios ativos em suas plataformas", disse o NetLab.
Mas o grupo da UFRJ afirmou que "a empresa não oferece transparência sobre esses dados".
E que "a falta de controle e segurança contra a publicidade enganosa das plataformas da Meta as tornam ambientes propícios a crimes digitais, principalmente em países do Sul Global, onde as leis locais são frequentemente negligenciadas pelas redes sociais".
O que diz a Meta
Procurada, a Meta afirmou que "atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em nossas plataformas e estamos sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas".
"Também recomendamos que as pessoas denunciem quaisquer conteúdos que acreditem ir contra os Padrões da Comunidade do Facebook, das Diretrizes da Comunidade do Instagram e os Padrões de Publicidade da Meta através dos próprios aplicativos."
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