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ARTIGO

COVID-19: Reflexões a respeito do primeiro caso registrado em Dourados

28 março 2020 - 18h20Por Vitor Comar

Independentemente de qualquer teoria de conspiração global, maquinação política, estratégia econômica - dos que determinam, perversamente, a sorte da humanidade e manipulam  governantes de fachada, já que os governantes são sim consórcios maquiavélicos e inescrupulosos, utilizando estratégias inimagináveis para controle massivo de inteiras populações - seja qual for a origem do COVID-19, animal ou humana; o imperativo já, é ficar em casa, agora mais do que nunca. 

Se nós douradenses já não o fazíamos, agora está mandatório e absolutamente necessário baseando-nos em comprovações científicas, embasada na experiência dos países já e mais atingidos. Existem comprovações claras deduzidas nas últimas semanas valendo-se de simulações matemáticas e baseadas em evidências estatísticas específicas e bem relativizadas. A conclusão, então, é que a melhor solução atual é o isolamento social, mesmo que, por uma avaliação econômica de certas tendências desumanas, alguns idosos venham ser deixados a morrer com o único propósito de manter a estabilidade econômica, podendo esse quadro  parecer a mellhor solução custo-benefício. Sem dúvida, após o COVID-19, nada mais será o mesmo e é AGORA que precisamos já pensar em sistemas solidários, diametralmente opostos ao atual paradigma competitivo, entendendo, pela primeira vez, de forma clara e visceral que todos  “somos as células de um mesmo corpo, folhas de um mesmo ramo e as flores de um mesmo jardim!” (Bahá’u’lláh).

A crise economia, que principalmente atingirá a classe de trabalhares informais - os de baixa ou nenhuma renda, pequenos e médios empresários, agricultores familiares, populações indígenas e tradicionais -, vai precisar ser atendida com sistemas de redes solidárias, produção de alimentos local para consumo local, agricultura urbana, distribuição cidadã por meio de redes informais de apoio, conselhos locais, novos paradigmas de governança, comunicação e informação esbelta e eficaz, a emergência de uma liderança humilde e de serviço aos demais, embasada num caráter íntegro e bondoso, que tenha a justiça na cabeça e o amor sincero e desinteressado no coração. 

Agora sim, neste período de transição entre o momento atual e a crise econômica e social que nos espera e que exige estas mudanças estruturantes na construção de uma cidadania efetiva e eficaz – a emergência de uma política pública participativa, baseada na distribuição equitativa dos resultados dos produtos positivos do saber -, torna-se sábio usar bem o tempo em casa. Isto que dizer, manter a serenidade, a alegria de viver, para aumentar nossa resistência emocional e imunológica, a convivência amorosa, o apoio e solidariedade a quem precise, aprender a nos amarmos sinceramente, iniciando por nós mesmos, nas relações íntimas, criar situações e ambientes  divertidos, organizar bem o tempo, dormir bem à noite e fazer siesta após o almoço. Brincar muito, tocar, cantar, dançar, ouvir música que enleve, que alegre, se exercitar, exercícios de yoga respiratórios, meditar, orar, ler textos edificantes, aprender coisas novas, planejar a vida; e depois do isolamento, explorar nossa mente, coração e cérebro. 

Como o nosso propósito comum é conhecer e amar, é uma esplêndida oportunidade, onde ecoam as sábias palavras de Bahá’u’´lláh escritas há mais de 150 anos atrás: “A ordem atual foi avaliada e encontrada lamentavelmente defeituosa, brevemente ela passará e uma nova será estendida em seu lugar. Estas lutas infrutíferas... hão de passar e a Paz Máxima há de chegar!” 

A vida individual e a coletiva da humanidade se desenvolve em ciclos, enquanto a casca da semente apodrece, a nova vida nela entesourada encontra crescimento e expressão no mundo visível. Enquanto na escuridão, dentro da fria e inóspita lama, no fundo da lagoa, o lírio aquático sabe que a luz, o calor e a energia o esperam acima da água lamacenta e, vencendo todas as etapas, se abre branco, puro e viçoso à luz do sol. Assim nossa humanidade, hoje deshumana, sujeita aos rigores da poda do amoroso jardineiro, há de vencer, recuperar a consciência da sua transcendência, renovar suas forças e, a partir de instituições novas, inspiradas e inspiradoras, lançar na praia da vida as sementes de uma nova civilização.

Vito Comar

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