O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), defendeu o alinhamento com parlamentares do chamado “Centrão”, disse que ainda busca um partido para chamar de seu com pleno domínio para disputar a reeleição e apontou o PP (Progressistas) como uma possibilidade de filiação.
Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (23) ele concedeu ao programa Espaço Aberto, da rádio Grande FM, de Dourados, ele também reforçou a defesa do voto impresso auditável, com custo estimado em R$ 2 bilhões já para o pleito de 2022.
“Estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. O PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa”, explicou.
Essa declaração foi dada pelo presidente da República após responder sobre a nomeação do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, para o cargo de Ministro da Casa Civil.
“Quando eu coloco um político ou militar sempre surge crítica. Tenho que organizar meu ministério e fazê-lo mais proativo”, pontuou.
Para Bolsonaro, a palavra ‘Centrão’ é pejorativa. “Os partidos de centro têm 200 parlamentares, se eu alijar sobram 300, parte de PT e partidos que não têm afinidade conosco e sempre votaram contra. Sobraria aproximadamente 150 parlamentares. Com 150 não vou a lugar nenhum. Minha aproximação com partidos do centro é por governabilidade”, detalhou.
Ao defender o voto impresso auditável, declarou buscar eleições limpas e disse que esse deve ser o mesmo objetivo do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Geralmente quem está no governo é que trabalha contra a confiabilidade para garantir na fraude a eleição. Eu faço o contrário, quero transparência. Não é volta ao papel, é impressão do voto”, afirmou.
Segundo Bolsonaro, no modelo defendido por ele, com custo estimado de R$ 2 bilhões para as eleições gerais de 2022, após o voto na urna eletrônica é impresso um papel com as informações dos candidatos votados. Findada a eleição, pode ser requerida a conferência das impressões caso haja dúvidas sobre os resultados.
“A democracia não tem preço. Queremos garantir a segurança das nossas eleições”, disse, pontuando que as urnas eletrônicas utilizadas no país são do final da década de 1990 e “sem nenhuma atualização”. “Pelo poder o homem é capaz de tudo”, ponderou o presidente da República.
Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro declarou não pensar em reeleição no momento, mas questionou pesquisas de intenção de votos divulgadas até agora e sugeriu que os eleitores brasileiros possam “comparar meus quatro anos com os oito anos do opositor”, em menção a Lula (PT).
“No momento eu não penso em reeleição, penso em trabalhar aqui e a busca de um partido é algo bastante normal. Tenho em torno de 30% das pessoas que acreditam em mim. Sou muito bem recebido onde vou. O outro cara que já foi presidente duas vezes não pode ir na esquina para ir na padaria que já é hostilizado”, afirmou.
“Se o povo quiser votar no candidato da esquerda, o povo que decide. Mas a responsabilidade passar ser de todos nós”, pontuou.
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