O soldado da Polícia Militar Ricardo Oliveira Filho atropelou uma família no fim da noite de terça-feira, matando um bebê de nove meses, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, informou a PM. Segundo testemunhas, o policial estava embriagado e dirigia em alta velocidade quando bateu em um outro veículo que fazia uma manobra. O soldado da PM perdeu o controle do carro, subiu na calçada e atropelou Denílson Oliveira e Marilene Oliveira, pais da criança que morreu, e Kátia Teixeira, uma amiga do casal. O bebê, que estava no colo do pai, foi arremessado contra o painel do carro do soldado. Testemunhas disseram que o policial militar chegou a sacar a arma para impedir o socorro da criança. "Eu conversei com minha tia e ela disse que o policial sacou o revólver e não deixou o Corpo de Bombeiros pegar a criança, socorrer a menina. Ele estava tão bêbado que dizia que o bebê era dele", afirmou Elaine Cristina, prima da criança. Os pais da menina e a amiga do casal foram levados para o Hospital da Posse. Oliveira teve traumatismo craniano, e Marilene sofreu ferimentos leves e já foi liberada. A assessoria do hospital não forneceu informações sobre o estado de saúde de Kátia Teixeira. "Nós queremos justiça. Esse cara estava bêbado e matou uma criança de nove meses", disse uma testemunha que pediu para não ser identificada. Na sua defesa, o policial diz que o acidente foi causado pelo motorista de um Chevette, Hamilton Francisco Machado Martins, que teria feito uma manobra irregular. Conforme o PM, o carro dele ficou desgovernado depois de acertar o Chevette. O motorista do Chevette nega a acusação e diz que a culpa é totalmente do PM. A Polícia Militar vai esperar o resultado do laudo para descobrir quem foi o causador do acidente. Será aberta uma sindicância interna para apurar o acidente. De acordo com a CBN, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) diz que o soldado, ao contrário do que disseram testemunhas, não estava embriagado. Mas a PM vai apurar se o carro do policial estava sendo dirigido em alta velocidade. Caso seja comprovada sua culpa, Ricardo será punido administrativamente e poderá ser expulso da corporação.