Prosssegue na tarde desta sexta a Operação "Facção Toupeira", que ataca o coração do PCC. A ação teve início nesta manhã em Porto Alegre, quando cerca de 200 homens da Polícia Federal prenderam quadrilha com 28 inegrantes que se preparavam para um assalto às caixas-fortes do Banrisul e da Caixa Econômica. O roubo se daria com o mesmo método utilizado no Banco Central de Fortaleza em 5 de agosto de 2005, quando foram levados R$ 164 milhões. Com esta operação, que agora acontece em dez Estados, a PF prova a vinculação entre o PCC e o roubo ao BC do Ceará. Entre os detidos desta tarde está Raimundo Laurindo Barbosa, conhecido como "Neto", ou "Tromba, ou ainda "Fuça". Ele foi pego no Piauí, e é um dos líderes do assalto ao Banco Central em Fortaleza. Neto tem em seu nome importante patrimônio. Também foi capturado, em Porto Alegre, Carlos Antônio da Silva, vulgo Balengo. Segundo informações vazadas pela polícia de São Paulo nos últimos dias, seria ele o líder do seqüestro do jornalista Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Coelho Calado, ambos da Rede Globo. A Polícia Federal está prendendo em diligências nos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, São Paulo, Tocantins e Rio Grande do Sul. Mais de 40 suspeitos de participar de grandes assaltos a bancos e empresas de segurança bancária já foram pegos. Na ação, a polícia está seqüestrando fazendas, lojas, apartamentos, casas que estavam em nome de integrantes do PCC ou de seus laranjas. Foram ainda apreendidos automóveis, e contas bancárias estão sendo bloqueadas. Com a operação da manhã desta sexta em Porto Alegre, a Polícia Federal prova a participação do PCC no assalto ao BC. Para executar o plano de assaltar os bancos, dois túneis começaram a ser escavados, mas um deles não deu certo, segundo a polícia, porque a terra estava dura. Boa parte da escavação de um deles, que teria 85 metros, já havia sido feita quando os criminosos foram presos. Os integrantes estavam morando em prédio no bairro Paternon, na rua Tobias Barretos, número 145 e alugaram também um prédio no centro da capital gaúcha, perto dos bancos, para cavar os túneis. As investigações da PF duraram um ano e a quadrilha vinha sendo monitorada desde o assalto em Fortaleza. Quadrilha esta que age em todo o país e é especialista em roubos a bancos e empresas de segurança. Uma das suas características é, como no caso do Ceará, a escavação que dá acesso às caixas-fortes. O mesmo se passaria em Porto Alegre. A operação da polícia ocorreria daqui a quinze dias, mas foi adiantada devido ao estágio avançado do plano.