A Polícia Federal em Dourados está investigando outra cerealista, estabelecida no distrito de Indápolis, localizado a cerca de 15 quilômetros da área urbana do município, por suspeita de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Na terça-feira, policiais federais cumpriram no distrito e em um escritório de contabilidade em Dourados, mandados de busca e apreensão emitidos pelo juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, especializada em crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Desta vez, em inquérito instaurado há cinco meses na Delegacia de Polícia Federal local, está sendo investigada a empresa Comércio de Cereais Laranja Lima, registrada em nome de Marcos Depieri Holterman, genro do empresário e agropecuarista Celso Zanatta. Segundo o delegado federal Bráulio César Galloni, que conduziu a investigação do caso Campina Verde, foram realizadas buscas no armazém localizado em Indápolis, na residência de Holterman e também em propriedades rurais de Zanatta.Na operação foram apreendidos computadores, 14 caixas com documentação fiscal e contábil e livros com o registro da movimentação financeira da empresa e de seu proprietário. No escritório de contabilidade Contalex, localizado no centro da cidade, a PF também apreendeu documentos e notas fiscais da cerealista Laranja Lima. O delegado acredita que Holterman seja laranja, emprestando seu nome para a empresa que seria de propriedade do sogro, mas isso ainda está sendo investigado no inquérito que conduz. O delegado não comentou sobre os valores suspeitos de sonegação, apenas confirmando o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e do trâmite do inquérito na delegacia da PF de Dourados. A operação foi acompanhada por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal, para apoio logístico. A linha de atuação da Polícia Federal tem sido a mesma que investigou o grupo Campina Verde e que resultou no indiciamento de 17 pessoas envolvidas no caso, atualmente trancado no Supremo Tribunal Federal