A Polícia Federal lacrou ontem pela manhã 33 aviões particulares, bombas de abastecimento e uma oficina em Matupá, Guarantã do Norte e Alta Floresta, municípios da região norte de Mato Grosso. Os lacres foram efetuados durante a operação Aeron-Itaituba, realizada durante todo o dia.
A operação visa combater o tráfico internacional de drogas e de armas. Os aviões, com exceção daqueles apreendidos em Matupá, estavam em aeroclubes. A operação partiu do Ministério da Justiça e faz parte do plano de ações do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), que monitora o tráfego aéreo na Amazônia. A coordenação está sendo realizada pelo chefe do Conselho de Segurança da Região da Amazônia Legal, delegado Mauro Espósito.
Dezenove aeronaves foram lacradas em Matupá, na pista de pouso que serve a cidade. Já em Alta Floresta foram outras doze e em Guarantã do Norte, duas. De acordo com o policial federal Joselino Mattos, de Cuiabá, todos os aviões lacrados estão realizando vôos sem a devida homologação no Departamento de Aviação Civil (DAC). Já as bombas foram lacradas em decorrência da falta de documentação de sua procedência.
Mattos explicou que as pistas de aeroclubes muitas vezes funcionam como local de abastecimento para aviões carregados com drogas ou armas oriundas de países como a Bolívia e Colômbia. A região é usada como rota pelo crime organizado.
Para que possam novamente usar seus aviões, os proprietários terão de procurar a Polícia Federal em Ibiúna (PA) com documentos para normalizar a situação. Devidos ao grande número de aeronaves e a inexistência de local adequado para que fossem encaminhadas, a decisão foi de que elas seriam deixadas nos aeroclubes. A Polícia vai estar vigiando os locais até que os aviões possam voltar à ativa. Aqueles que desrespeitarem a determinação serão presos, segundo a PF.