A Petrobras preferiu a cautela e ainda não fez comentários sobre a crise política na Bolívia que ontem resultou no pedido de renúncia do presidente Carlos Mesa. A estatal passou a operar na Bolívia em 1996 e é atualmente a maior empresa do país.
A promulgação da Lei dos Hidrocarbonetos da Bolívia, em maio, aumentou a tributação sobre a produção de petróleo, com a criação de um imposto de 32% para as empresas que atuam no setor de petróleo e gás, elevando a tributação para 50%.
Depois disso, o presidente da estatal brasileira, José Eduardo Dutra, chegou a prever que a produção da empresa deveria render a metade do valor previsto inicialmente na companhia, mas negou que a Petrobras pretendesse sair do país, onde tem US$ 1 bilhão em investimentos. Nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse ser prematuro fazer comentários sobre a situação na Bolívia, mas disse que o Brasil está pronto a atuar.
"O importante é que haja uma solução pacífica, democrática e constitucional. O Brasil estará pronto a ajudar, junto com os demais países sul-americanos, mas caberá à Bolívia fazer tal solicitação. Tenho certeza de que há hoje, na Bolívia, maturidade para uma solução pacífica e equilibrada", afirmou.
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