Comparar os preços dos serviços bancários continua a ser um desafio para os consumidores. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Procon-SP mostra que os preços das tarifas variam até 369,57% de um banco para outro.Essa é a diferença constatada na emissão de um cartão magnético uma conta especial no Santander e no Itaú. Enquanto o primeiro cobra R$ 2,30, o segundo cobra R$ 10,80. Há preços intermediários e igualmente altos, como os R$ 9 cobrados na Caixa Econômica Federal ou os R$ R$ 6 da Nossa Caixa.É possível também não pagar nada por este serviço, se o consumidor abrir a conta no HSBC, Banco do Brasil, Real ou no Unibanco. Na manutenção do cartão magnético, clientes do HSBC e da CEF são isentos de tarifa, mas em todos os demais bancos ela é cobrada e varia 300%, de R$ 18 no Real a R$ 72 na Nossa Caixa.Na maioria dos bancos, o cliente pode optar entre ser isento de pagar por folhas de cheque ou pelo cartão, e cada deles tem sua regra, o que dificulta saber em qual banco o serviço é mais barato. Perder, quebrar ou ter esse cartão roubado é despesa adicional na certa.CEF e HSBC isentam seus clientes, mas nos demais bancos o custo varia de R$ 2,30 (Santander) a R$ 10,80 (Itaú). Para se ter idéia de alguns outros preçoso custo é de R$ 8,00 no Banespa, de R$ 9,00 no Banco do Brasil e R$ 7,90 no Unibanco. Outro serviço bastante usado por correntistas é o saque em caixa eletrônico, já que a maioria foge das filas na boca do caixa. São isentos os clientes do HSBC, BB, Caixa, Itaú e Nossa Caixa. Nos demais o preço varia de R$ 0,90 a R$ 2,05. A menor tarifa é a do Bradesco e o cliente só paga depois da 11ª transação do mês, incluindo aí não só os saques, mas as transferências entre contas e o pagamento de contas.Os preços mais altos são pagos pelos usuários do Banco 24 Horas e variam de acordo com o banco onde o usuário tem conta. Se for cliente do Unibanco vai pagar R$ 2,05. Os do Bradesco pagam R$ 1,75 e os do Real R$ 1,95. Os clientes das demais instituições financeiras pagam R$ 2, mas é bom verificar no próprio banco porque nem sempre o preço é este, como ressalta o próprio Procon em suas observações. Outra curiosidade está nos preços dos DOC (Documento de Ordem de Crédito) tipo C ou D, que são iguais. Ou seja, o preço é o mesmo para mandar para uma terceira pessoa ou para o próprio dono da conta (DOC D, entre contas de mesma titularidade). E o serviço não é barato. O preço é R$ 11,50 no HSBC, R$ 10,00 no Bradesco, R$ 12,00 no Itaú, R$ 10,90 no Unibanco. Em alguns bancos o serviço tem outro nome, DOC E, e, por isso, o Procon não computou os preços em sua pesquisa. Nenhuma instituição isenta o cliente. E coitado de quem acabe com seu nome inscrito no cadastro do Banco Central por não pagamento. Alguns bancos cobram até para colocar o nome no cadastro (R$ 14 no Real e R$ 7,50 no Banespa e no Santander). Para tirar, o BC cobra R$ 6,82 dos bancos e eles cobram de seus clientes com tarifa adicional. A diferença de preço é 38,42%. A mais barata custa R$ 20,82 no Real. A mais cara, R$ 28,82 no HSBC. O cliente que levar dinheiro para os cofres do banco na forma de cheque também pagará por isso. Isenção só no Bradesco e na CEF. Nos demais, o preço varia de R$ 0,20 (Nossa Caixa, a partir do 31º depósito) a R$ 1,10 no Itaú (a partir do 6º no mês) e no Real (não há franquia informada).O Procon-SP realizou a pesquisa entre os dias 1 e 3 de setembro em dez bancos: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Banco Nossa Caixa, Banco Real e Unibanco. Segundo Cláudia Costa, é possível que a uniformização da nomenclatura das tarifas e dos pacotes voltem a ser discutidas com o Banco Central, embora o órgão não tenha sido sensibilizado pelo assunto até agora. Pela legislação, os bancos são livres para oferecer os serviços que quiser e, também, para estabelecer seus preços. A diretora do Procon alerta que todas as agências bancárias devem manter o preço das tarifas expostos, de forma clara e ostensiva para o consumidor. O consumidor deve verificar se isso está sendo feito e, se não estiver, deve denunciar ao Procon. "O consumidor desconhece essa orbigatoriedade, por isso não denuncia", diz ela.
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